Dispensado por Amorim, Luiz Phellype tenta relançar a carreira na Grécia.
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Chegou ao Sporting a meio da época 2018/19 e assinou contrato até 2024. Luiz Phellype estava cheio de sonhos e o percurso de leão ao peito até estava a ser bem sucedido. Uma grave lesão no joelho direito atirou-o para a mesa de operações e só voltou um ano depois. A fatura a pagar, já se sabe, foi elevada. Abriram-se as portas da equipa B e, mais tarde, do Santa Clara, onde não respirou um ar limpo. Agora, na Grécia, tenta ganhar rodagem para voltar ao Sporting porque ainda tem dois anos de contrato com os leões.
Depois das dificuldades no Santa Clara, corre-lhe bem a vida na Grécia?
-Sim. Participei em seis jogos e marquei três golos. Se olharmos ao tempo de utilização, os números ainda são melhores. Isto era mesmo o que eu estava a precisar: jogar mais e recuperar a confiança.
É no OFI que vai relançar a sua carreira?
- É o momento para relançar a carreira. Desde que voltei de lesão, precisava de estar num clube onde tivesse uma sequência de jogos porque não é fácil para um atleta, depois de um ano parado, não jogar regularmente. Aqui [OFI], consegui. As pessoas confiam em mim e estou a ter minutos.
Regressar ao Sporting está nos seus planos?
- Não sei, o Sporting também tem de querer que eu esteja lá. Tentarei fazer o meu trabalho da melhor forma. Tenho mais dois anos de contrato e se eles acharem que eu posso ser útil, volto sem problemas e com toda a alegria porque eu gosto do Sporting. Mas isso não sou eu que decido.
Rúben Amorim chegou a falar consigo antes de sair?
- Não, tivemos pouco contacto. Quando ele chegou eu estava lesionado e depois quando eu voltei fiz poucos treinos com ele. Nunca tivemos uma conversa longa sobre a minha situação. Nunca soube quais eram os planos dele em relação a mim. Acho que está focado noutras coisas. O Sporting está a fazer um bom trabalho e tem agora os jogadores que o treinador quer. Quando terminar a temporada se tivermos de falar sobre algo, falaremos.
Mas foi o treinador a dizer-lhe que não faria parte do plantel, certo?
- Acho que também terá passado por ele porque como é natural também decide as dispensas. De qualquer forma, eu entendo a escolha porque estive um ano lesionado e o Sporting tinha a pressão de ser campeão e precisava de alguém para marcar golos. Eu percebo que necessitavam de alguém preparado naquele momento. Não guardo mágoa do treinador. O importante é que agora estou a jogar outra vez, sinto-me bem e vamos ver o que irá acontecer no futuro.
Além do treinador, mais alguém fez força para que saísse de Alvalade?
- Não atribuo responsabilidades a ninguém. Mesmo quando havia culpados, eu preferia transferir essa culpa para mim. Não vai adiantar nada dizer que a culpa foi deste ou daquele. Provavelmente, foi por causa da lesão, não há como controlar estas situações. Tenho de continuar a fazer o meu trabalho e esperar.
Acha quer tinha lugar neste Sporting?
- Sinceramente, acho que sim. Acho que poderia ter espaço nesta equipa. Eu fiz trinta jogos a titular no Sporting e marquei 17 golos. São números que merecem respeito. Se estiver bem, como estou agora, na plenitude das minhas capacidades, tenho lugar. Se o Sporting me quiser de volta eu estarei lá.