Adeptos mostraram lenços brancos no final da goleada sofrida em Braga, mas a confiança no técnico mantém-se inalterada. Resultados conseguidos nas últimas três temporadas dão margem ao treinador, ainda que, pela primeira vez desde que chegou ao clube, a relação com os adeptos esteja mais complicada.
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Apesar da contestação após a goleada sofrida em Braga (4-0), não está em causa o lugar do técnico Luís Freire, face ao contexto deste arranque de temporada e ao legado construído pelo treinador.
Os adeptos presentes na Pedreira pediram a saída de Freire, com cânticos e lenços brancos, e deixaram bem vincada a insatisfação, como nunca tinha acontecido, até porque, saliente-se, o trabalho do técnico tem sido muito positivo, como se constata pelos resultados, contando que os objetivos principais foram sempre conquistados em três anos nos Arcos.
Depois de ter subido de divisão, a que juntou o título de campeão da II Liga na primeira época, Luís Freire conseguiu, na segunda, a permanência na I Liga com relativa facilidade e terminou no 12.º lugar, sendo que, em 23/24, e não tendo recebido reforços até janeiro devido à proibição de inscrever jogadores, que durou cerca de um ano e meio, voltou a conseguir o mais importante e terminou no 11.º lugar.
O contexto atual, na primeira época com uma SAD e novos donos, é muito particular, uma vez que entraram 20 jogadores e a equipa está a ser reconstruída. Além disso, já jogou fora com Sporting, FC Porto e Braga, mais o Aves SAD, tendo conseguido sete pontos em casa, contra Farense (1-0), Arouca (1-0) e Estoril (2-2), e já não perde há onze meses nos Arcos. Segue-se a receção ao Famalicão e uma deslocação à Luz para defrontar o Benfica, com um duelo da Taça de Portugal pelo meio, frente ao Atlético.