Declarações de Luís Freire após o jogo Oliveira do Hospital - Rio Ave (3-2), da terceira eliminatória da Taça de Portugal, disputado no Estádio de Tábua
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Sem surpresa: "Sabemos que a Taça é uma competição diferente, onde existe a parte da emoção, a parte de algumas características à volta do jogo, mas nós já sabíamos disso. Sabíamos que o campo ia estar como esteve, muito irregular, com muito poucas condições para a bola rolar da melhor maneira. Entrámos bem no jogo, fizemos meia hora com boa qualidade, com um belíssimo golo, bem trabalhado, portanto, meia hora em que o Rio Ave esteve claramente por cima. Até ao intervalo, nunca houve algum tipo de preocupação extra."
Outra metade: "Na segunda parte, o Oliveira do Hospital entra bem, temos os nossos centrais amarelados, todos amarelados, e sempre o Oliveira do Hospital a tentar um jogo direto para os avançados, sempre a tentar forçar as costas dos nossos defesas. Tentámos alterar para não ter expulsão. A verdade é que o adversário faz 1-1, cometemos um erro, o adversário aproveitou, e logo a seguir cometemos um erro parecido e fica o resultado 2-1. E, de repente, uma equipa que até está com um jogo minimamente controlado a procura do segundo golo, vê-se a perder 2-1 e, a partir daí, o jogo torna-se mais emocional, um jogo com menos cabeça, menos critério."
Empate e prolongamento: "Fizemos o 2-2 logo a seguir, faltava 15 minutos para acabar o jogo e penso que aí nunca tivemos o discernimento que tínhamos que ter, o campo também não ajuda. Não sendo desculpa, que não é, não ajuda a haver um futebol mais apoiado e mais construído e a verdade é que fomos até ao prolongamento no 2-2. O prolongamento fica marcado pelo caso do jogo, que é completamente impossível ser anulado aquele golo: bola é cruzada, há um remate para o lado contrário onde está o guarda-redes, o guarda-redes está a olhar para a bola, remate para o lado contrário, e dizem que interferiu na visão do guarda-redes. A bola é cruzada de um lado e é cabeceada para o outro, portanto, é impossível o guarda-redes não ter visto a bola."
Emoção: "Foi anulado esse golo, a partir daí emocionalmente não soubemos responder bem. Cometemos o terceiro erro igual e temos culpa, eu primeiro e depois tivemos culpa como equipa. A derrota é demérito nosso, é mérito do Oliveira do Hospital, que merece os nossos parabéns, trabalhou, lutou, teve malta muito aguerrida até ao fim, estão de parabéns pelo que fizeram, só por isso é que nos eliminaram".
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