Treinador está convencido que o internacional lisboeta que apitou a derrota com o Oriental e expulsou três jogadores do FC Porto B não ficou satisfeito, quando foi rever o desempenho na última jornada.
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Luís Castro, treinador do FC Porto B, afirmou, esta sexta-feira, que substituir os três jogadores expulsos na visita ao Oriental, na última jornada da II Liga, é uma "preocupação relativa" na gestão de um plantel com um registo disciplinar que distorce a natureza da equipa. "Esta tem sido uma época marcada por expulsões de jogadores nossos, na primeira parte, numa equipa como a nossa, toda ela muito virada para o jogo e nada virada para a violência. É uma equipa agressiva, no bom sentido, futebolístico", defendeu Luís Castro, na antevisão do jogo com o Beira-Mar.
Além de ter perdido o jogo com o Oriental (3-0), o FC Porto B perdeu David Bruno, Pité e Pavlovski, expulsos. Este último, saiu lesionado do lance que lhe valeu o vermelho directo e permanece em recuperação. Questionado acerca de eventuais queixas da arbitragem, Luís Castro lembrou por que costuma evitar o tema, no entanto, admitiu que o árbitro da partida, o internacional lisboeta Tiago Martins, não guardará uma boa recordação desta atuação: "Encaro a arbitragem como parte do jogo e, muitas vezes, pensam que, ao falarmos da arbitragem, estamos a descolar a nossa responsabilidade do jogo, que o treinador está a justificar o mau resultado. Eu evito falar das arbitragens, porque não quero que os jogadores pensem que estou a fazê-lo para justificar os nossos erros. Muitas vezes, há uma influências negativas da arbitragem, mas, o Tiago Martins deve ver os jogos, como eu faço com a minha equipa, e terá observado, enquanto internacional que é, e ao vê-lo com certeza que não ficou satisfeito. Acho que a sensatez e a razoabilidade devem fazer parte de cada um de nós e devemos perceber bem o lado emocional do jogo."
Mesmo num balneário ao qual o mercado de inverno subtraiu peças importantes, como Ivo Rodrigues, Kayembe ou Otávio, encontrar alternativas a David Bruno, Pité e Pavlovski não será o maior desafio. "Temos um plantel recheado de jogadores de qualidade. Sentimo-nos confortáveis, são jogadores com grandes expetativas na carreira, por esse lado estamos descansados. Mais do que falta de alternativas, tem pesado as sequências de jogos que temos tido e as deslocações aos Açores, ao Algarve, a Inglaterra [International Cup], que acentuam o estado de fadiga", referiu Luís Castro, que, ainda assim, mantém a convicção de que o FC Porto ainda vai subir na classificação: "No início da época, estivemos numa situação delicada, em que o objetivo era atingirmos a primeira metade da tabela. Neste momento, e este é um objetivo assumido pelo grupo, passa por ficar entre os seis primeiros e é isso que vamos tentar, até ao final da época. Neste momento, estamos a quatro pontos desse objetivo".