Liga Portuguesa de Futebol Profissional convocou uma Assembleia Geral (AG) extraordinária para o dia 29 de dezembro e esclarece que o modelo de governação estará em ponderação, não em votação.
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A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) convocou uma Assembleia Geral (AG) extraordinária para o dia 29 de dezembro, anunciou o organismo no seu sítio oficial na Internet. Na reunião magna, far-se-á a "apreciação, discussão e votação de proposta de alteração ao Regulamento das Competições organizadas pela LPFP" e também ao "Regulamento Disciplinar" das mesmas.
No ponto 3, a LPFP avança que, "caso (...) seja aprovada a proposta de alteração do artigo 88.º do Regulamento das Competições Organizadas pela LPFP, deliberar, após votação, o critério a que a Liga terá de obedecer para fixar a taxa de transmissão televisiva e a sua afetação".
Segundo o artigo 88.º do Regulamento das Competições, sobre a titularidade de direitos, à LPFP compete "fixar o número de jogos que venham a ser objeto de transmissão televisiva, estabelecer os horários, determinar o número de jogos para cada clube, tendo em consideração a classificação da época anterior, autorizar a transmissão e fixar a taxa de transmissão".
O artigo refere ainda, no seu ponto 2, que "os clubes detêm individualmente a titularidade dos direitos de transmissão televisiva dos jogos e resumos".
A AG extraordinária de 29 de dezembro prevê ainda que sejam abordados "outros assuntos de interesse associativo".
A convocatória da LPFP acontece dois dias depois de, após uma reunião em Vila Nova de Gaia, o G15, grupo que inclui a maioria dos clubes da I Liga de futebol, à exceção dos três grandes, ter solicitado uma AG extraordinária antes do final do ano.
O G15, que marcou para 27 de dezembro uma nova reunião, agora alargada a clubes da II Liga, queria ver "discutidas as propostas aos Regulamentos de Competições e Disciplina, assim como um novo modelo de gestão da Liga, com o regresso do Conselho de Presidentes".
O grupo pretende também um novo regime de cedências temporárias de jogadores entre clubes da I Liga e a alteração ao critério de pagamento da taxa de transmissão televisiva, com isenção dos clubes da II Liga. António Barroso, diretor de comunicação da Liga, esclarece que "ao contrário do que foi referido pela Lusa, o modelo de governação da Liga não estará em votação, mas sim em ponderação".
A alteração às regras do sorteio condicionado do calendário de jogos, a uniformização do número de câmaras de televisão para efeitos de videoárbitro (VAR), a criação de um fundo de solidariedade para os clubes que descem à II Liga, a proposta de revisão do quadro de infrações a dirigentes e agentes desportivos também constam das preocupações do G15.