Com as três finalizações diante do Aves SAD, Benfica chegou ao topo desta classificação, com 17 tiros certeiros em jogadas estudadas, sendo igualado apenas por Bayer Leverkusen e Wolfsburgo
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A temporada aproxima-se do final e os dois corredores que tentam ver primeiro a bandeira de xadrez na corrida pelo título montam nos seus bólides todas as peças que lhe permitam ganhar metros, leia-se pontos, ao adversário. E as bolas paradas, excluindo as grandes penalidades, têm sido um desses extra que Bruno Lage tem colocado em prática, com uma precisão que permite à “scuderia” da Luz estar no topo dos emblemas com mais golos festejados em jogos de campeonato nas principais ligas europeias.
Segundo mostram as estatísticas do site especializado “Whoscored”, nenhuma equipa supera os 17 golos convertidos pelos encarnados na sequência de lances de bola parada num universo de… sete ligas europeias. O Benfica lidera em Portugal, ninguém lhe chega aos calcanhares nos Países Baixos (6.º do ranking), França, Itália, Espanha e Inglaterra. Falta nesta listagem do top-5 a Alemanha, onde alinham Bayer Leverkusen e Wolfsburgo, as duas únicas equipas que igualam o pecúlio da formação orientada por Bruno Lage. De salientar que logo a seguir vem mais um representante nacional, o Vitória de Guimarães, com 16 concretizações.
O registo benfiquista foi aumentado no último jogo, na receção ao Aves SAD, no qual as águias fizeram a festa do golo por seis vezes, metade delas na sequência de bolas paradas. Com duas finalizações em pontapés de canto com cruzamento (Tomás Araújo e Pavlidis) e uma após livre indireto com cruzamento (Otamendi), o Benfica ascendeu ao topo desta classificação que, por si só, não dá direito à festa do título, mas tem contribuído de forma decisiva na caminhada do clube da Luz na competição e no ombro a ombro com o Sporting.
Dos 17 golos apontados de bola parada, repita-se em penáltis neste pecúlio, 12 nasceram de pontapés de canto, tendo o Benfica mais quatro do que os perseguidores nacionais neste capítulo, Braga e Vitória de Guimarães no caso. “É algo que temos vindo a trabalhar e com mais tempo, temos trabalhado imenso. Mérito total à minha equipa técnica sobre esse trabalho, curiosamente foi o jogo em que trouxemos mais cantos preparados”, comentou Bruno Lage, depois de concluída a goleada à turma avense.
Olhando apenas para a competição interna, o Benfica chegou aos 17 golos em lances de laboratório, superando nesta jornada os vimaranenses (16), que estão à frente do Braga (14) e do… Sporting, que tem apenas 11 tentos neste tipo de jogadas. Curiosamente, se os encarnados juntam ao total 11 grandes penalidades, os verdes e brancos somam 13, ou seja, marcam mais da marca dos onze metros que em lances trabalhados.
Pavlidis perseguido pelo capitão Otamendi
Sem contar com as finalizações de grande penalidade, os lances de laboratório do Benfica em jogos do campeonato estão divididos em apenas dois, na sequência de pontapés de canto (diretos para concretização ou mais trabalhados) e livres indiretos com cruzamento. No primeiro esquema, os encarnados apontaram 12 golos, somando mais cinco no segundo momento preparado. Olhando aos marcadores, há dois concorrentes diretos, rivais neste capítulo, tendo ambos marcado no último jogo com o Aves SAD. O ponta-de-lança Pavlidis festejou seis tentos em jogadas de bola parada, sendo perseguido pelo defesa Otamendi, com cinco golos.