Vítor Hugo Valente aborda a onda de demissões na Direção do Vitória de Setúbal.
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A demissão de vários diretores, na terça-feira, e a consequente queda da Direção motivou uma reação de Vítor Hugo Valente, presidente do V. Setúbal, que aponta motivos eleitorais para a decisão, lamentando as consequências que a mesma terá.
"Tomei conhecimento à noite, pelas redes sociais, e falei com a mesa da Assembleia Geral, que só a meio da manhã recebeu a carta com a demissão de cinco diretores", disse a O JOGO o dirigente.
"Li que o Paulo Gomes [vice-presidente] se iria candidatar. Está no seu direito, mas lamento que tenha tomado a decisão a dois meses das eleições. Por muito que se tente minimizar os efeitos, causa sempre grande destabilização", acrescentou, recordando a anterior saída de Pedro Luzio, assumido candidato ao próximo ato eleitoral: "É a mesma coisa. É legítimo, mas as pessoas deviam respeitar o clube e preocupar-se em não causar instabilidade."
O dirigente revelou ainda que começou o dia de ontem em reunião com jogadores e técnicos. "Tentei passar uma mensagem de estabilidade, mas não é fácil. Espero que este momento não influencie os resultados mais próximos", vincou, admitindo que a situação poderá condicionar o ataque ao mercado.
Quanto às críticas à gestão da SAD, Valente reforçou que as contas estão estáveis. "Deu muito trabalho estabilizar o clube, que financeiramente estava um caos. Lutarei contra quem quer destabilizar. Regularmente vejo mentiras, notícias falsas e calúnias. Na altura certa irei apresentar os factos", disse, lembrando que "o Vitória foi o primeiro a entregar" os comprovativos da regularização dos salários, o que "só uma gestão criteriosa o permite", concluiu.