Lage e os números de Pavlidis em comparação com Gyokeres e Samu: "Enquanto treinadores..."
Declarações de Bruno Lage em antevisão ao Benfica-Santa Clara, jogo marcado para quarta-feira (20h15) e relativo aos quartos de final da Taça da Liga
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Pavlidis um pouco atrás dos avançados dos rivais diretos (Gyokeres e Samu) em termos de números: “A questão é muito interessante, de olhar para a questão individual e comparar o ponta de lança do Benfica com o ponta de lança do Sporting ou o ponta de lança do FC Porto. Mas nós aqui, enquanto treinadores, temos de ver a questão em termos coletivos e aquilo que eu vejo, quando olho para os dados objetivos, é que nós temos, nos jogos que eu realizei enquanto treinador, 26 golos marcados e seis golos sofridos. Eu tenho de olhar sempre para o rendimento da equipa, para aquilo que a equipa produz em termos ofensivos e, neste momento, estou satisfeito porque, para os golos surgirem, tem de haver um trabalho de toda a gente e, hoje, toda a gente ataca, toda a gente defende. As movimentações do Pavlidis, fundamentalmente no último jogo, foram muito importantes para abrir espaços, por exemplo, para o Akturkoglu poder fazer os golos que fez. (…) Por isso, eu tenho de olhar para a questão coletiva. Agora, claro, há coisas que todos podem melhorar. Acreditamos que, com o tempo e com o trabalho, toda a gente vai melhorar. Recordo que, há três jogos, o Pavlidis jogou pela seleção, em Wembley, e marcou dois golos. O mais importante é nós estarmos todos convictos do trabalho que estamos a fazer, dar total confiança a todos os jogadores e que eles, a cada oportunidade, possam contribuir com rendimento para a equipa.”
Pavlidis está a acusar a pressão interna de não fazer tantos golos? Já teve necessidade de conversar com ele? “Vou usar a palavra que você usou e que faz imenso sentido, que é a pressão que ele tem de fazer quando nós temos de defender. E todos eles têm feito um trabalho fantástico nesse sentido. Eu reforço que a visão da nossa parte tem de ser em dados objetivos daquilo que é a análise coletiva. E o ponta de lança, é verdade, é um facto que vive dos golos, gosta de dar o contributo com golos à equipa. Em termos daquilo que são os adeptos e das pessoas que gostam do futebol, é sempre um jogador que é avaliado em função dos golos, o único contributo que às vezes é mais visível é o número de golos que o ponta de lança dá. Mas nós temos de ver a questão de outra maneira. Eu falo com toda a gente, nós fazemos a análise praticamente a seguir a cada jogo em termos globais, por vezes em termos individuais. Tenho falado com toda a gente, porque quando não temos tanto tempo para trabalhar tem de ser essa a forma de trabalhar. De analisar, de perceber, de colocar os jogadores a perceber as movimentações dos outros. Esse é um trabalho que nós temos estado a fazer. Entendo a pergunta, a nossa visão é sempre uma visão mais global, é o que nos faz mais sentido neste momento.”