Dragões já têm quase tantos golos de canto como no campeonato anterior. Ensaios dão frutos. Portistas marcaram de canto em cada uma das três primeiras ronda e sempre através de um finalizador diferente. Em 2024/25, os golos de bola parada não passaram da meia dúzia, excluindo pénaltis.
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Entre os vários aspetos do novo FC Porto que têm saltado à vista, surgem as bolas paradas. Elemento fundamental, principalmente quando se disputam desafios apertados ou contra defesas muito baixas, produziu resultados nos três primeiros jogos do campeonato, sempre a partir de pontapés de canto. Só em Alvalade é que o triunfo não passou pelos esquemas táticos ensaiados no Olival.
Na primeira ronda, frente ao V. Guimarães, à maneira curta, Alberto Costa assistiu Samu; em casa do Gil Vicente, Gabri Veiga cruzou para Froholdt abrir o ativo; finalmente, na terceira jornada, já com 2-0 no marcador, a defesa do Casa Pia viu-se tão aflita para limpar o lance, que Alberto Costa fuzilou a baliza. Nesse último jogo, ressalve-se, ainda houve outras situações de finalização a partir de pontapés de canto e que causaram problemas.
Por contraponto, em toda a época passada, entre a era de Vítor Bruno e a de Martín Anselmi, os dragões não foram além de quatro golos a partir de pontapés de canto, sendo que o FC Porto venceu todas essas partidas: Galeno marcou ao Arouca (4-0), Nico González contra Estrela da Amadora (2-0) e Boavista (4-0), e a cabeça de Moura deu o triunfo em casa do Farense (1-0). Mesmo se juntarmos os pontapés de livre - indiretos, porque diretos à baliza nenhum resultou em golo - só se viram mais dois golos em toda a campanha anterior. Tiago Djaló contra o Hoffenheim (2-0) e Otávio no empate (1-1) frente ao Santa Clara.
Para esta ameaça que os azuis e brancos de Farioli estão a afinar, a estatura de alguns reforços ajuda. O central Bednarek tem 1,90 metros, Froholdt, que também bate cantos, tem menos três centímetros e Luuk de Jong, especialista em jogo aéreo, tem 1,88 metros. Juntam-se, por exemplo, a Nehuén Pérez, que também chega quase aos 1,90m e a Samu, que passa mesmo essa marca. Sem esquecer o último reforço, Kiwior, que tem quase 1,90 m. O resto é trabalho e estudo no Olival, ao qual a equipa técnica dedica sempre uma parte importante do treino. Os resultados já são evidentes e a época ainda agora arrancou.