Médio é mais um jogador a revoltar-se com as opções de Roger Schmidt, proferindo frases direcionadas ao técnico
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Arrancou a nova etapa na sua carreira a jogar como médio, muitas vezes mais recuado, e já foi lançado, esporadicamente, como um 10 ou encostado à esquerda. Neste rol de funções, sempre sobressaiu a necessidade de Kokçu, o reforço mais caro da história do futebol português (29,4 M€ de investimento total), preencher zonas defensivas, procurar a recuperação de bola e a distribuição a partir de trás, quase sempre longe da baliza. O médio turco foi somando minutos, mas fartou-se. Da estratégia de Roger Schmidt e da diferença de estatuto dentro do plantel.
“Não era o que eu esperava. Fiz uma escolha consciente pelo Benfica com a ideia de que este era o melhor passo na minha carreira. Isso aconteceu apenas em parte”, começou por afirmar o camisola 10 ao jornal “De Telegraaf”, recordando a sua abordagem quando assinou. “Vi como outros jogadores foram colocados em destaque em Portugal e em outros grandes clubes. Isso cria estatuto. Desde o início que nunca me fizeram sentir importante. Nem pelo treinador. Mas não sou o tipo de pessoa que bate o punho na mesa ou faz exigências, mas talvez tenha sido modesto demais justamente pelo papel que ele me deu”, atirou.
Roger Schmidt respondeu ontem, sobre este caso, que iria falar com o jogador, sendo certo que Rui Costa e restante estrutura do futebol também irão analisar o tema e tomar uma decisão, que em situações anteriores não resultaram em qualquer punição para além de uma chamada de atenção. E vários foram já os “incidentes” ocorridos desde o início da temporada.
Começou logo com Vlachodimos, que foi criticado por Schmidt após a primeira jornada, tendo sido afastado da convocatória seguinte após discussão com o treinador. Também Di María demonstrou insatisfação pública por ter sido substituído ante o Boavista e Chaves. Seguiu-se ainda João Victor neste rol, com o treinador a criticar em público a falta de empenho do defesa brasileiro que, tal como o guarda-redes, acabaria por deixar o plantel. O último foi Arthur Cabral, que proferiu um palavrão em direção ao treinador quando foi substituído na recente receção ao Rangers.