Kiwior, a dupla com Bednarek e a mudança para o FC Porto: "Fui eu que convenci Arteta"
Declarações de Jakub Kiwior, central do FC Porto, em entrevista ao portal polaco "TVP Sport"
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Entre Kiwior e Bednarek, já decidiram quem é o Giorgio Chiellini e quem é o Leonardo Bonucci, comparando com a lendária dupla de centrais da seleção italiana e da Juventus, uma vez que jogam juntos na seleção e no FC Porto? "Só me resta sorrir e agradecer pela comparação, mas prefiro continuar a ser o Kuba Kiwior, e o meu colega o Jan Bednarek. Estamos a construir a nossa própria posição, tanto na seleção como no clube. Por enquanto está a correr bem e vai ficar ainda melhor."
Lembra-se da última vez que uma dupla de centrais da seleção jogou no mesmo clube? "Não."
Tomasz Wałdoch e Tomasz Hajto, que jogavam no Schalke 04 há mais de 20 anos: "Isso já é passado. Eu e o Janek [Jan Bednarek] estamos a escrever um novo capítulo na seleção."
Negociações entre FC Porto e Arsenal demoraram. Achou em algum momento que não ia conseguir sair? "Sim, tive esses pensamentos, mas tudo acabou por correr bem. A época passada no Arsenal não foi má para mim. Na primavera entrei no onze e joguei oito jogos seguidos como defesa-central, substituindo o Gabriel, que estava lesionado. Antes disso, as coisas não estavam tão bem. Decidi então encontrar um clube onde pudesse jogar regularmente e não apenas de vez em quando. Estive dois anos e meio no Arsenal - cheguei a Londres em janeiro de 2023. Joguei 68 partidas. Fui suplente com mais frequência, mas não me queixo. Em cada época tive altos e baixos. Às vezes não joguei como esperava. No fim de contas, o balanço é positivo."
Nas duas ou três últimas janelas do mercado de transferências surgiram notícias de que ia sair de Londres. Sentiu-se indesejado no Arsenal? "Ria-me dessas notícias, porque era exatamente o contrário. Foi o Arsenal que não queria deixar-me sair de Londres e demorou muito tempo para concordar com a transferência. Era valorizado pelo jogador que sou. Ninguém queria livrar-se de mim. Também agora, neste último mercado, o desfecho do negócio esteve em aberto até ao fim. O treinador, Mikel Arteta, não queria deixar-me ir para Portugal. Por isso, nunca me senti indesejado no Arsenal, nem tinha motivos para sentir que estava a ser empurrado para fora do clube. A decisão de sair foi exclusivamente minha. Queria ser titular, mas com o Gabriel e o Saliba à minha frente, as hipóteses de isso acontecer eram pequenas."
O que convenceu Mikel Arteta a deixar sair? "Fui eu que o convenci. Simplesmente fui falar com ele e expliquei-lhe como via toda a situação. Ele percebeu as minhas aspirações e o meu desejo de jogar, e acabou por me agradecer pela forma como me comportei, tanto como pessoa como como jogador, durante todo o tempo que trabalhámos juntos. Aceitou os meus argumentos, falou com o diretor desportivo e, a partir daí, as coisas aconteceram rapidamente. Valorizou o facto de nunca ter ficado desiludido comigo."