Juiz afirma que agressores de Alcochete foram movidos por "ódio", revela a Sábado
Conclusão do juiz Carlos Decas, que presidiu aos interrogatórios judiciais dos 23 arguidos.
Corpo do artigo
Carlos Decas, juiz que presidiu aos interrogatórios dos 23 suspeitos das agressões em Alcochete, determinou que os mesmos foram "movidos por sentimentos de ódio" que sentem por "quem está à frente da equipa de futebol de que eles gostam, mas que não lhes dá a satisfação que desejam".
No despacho, divulgado esta quarta-feira pela SÁBADO, o juiz considera que as agressões a jogadores e equipa técnica do Sporting são "chocantes, tendo em conta a idade dos arguidos", declarando não ter conhecimento de "atos da mesma espécie".
"Ainda nos recordamos dos "cromos da bola", que coleccionávamos, das fotos dos jogadores que tínhamos, dos autógrafos que pedíamos e guardávamos, ciosos dos nossos tesouros. Aquilo a que assistimos é a perversão do desporto, a utilização dos atletas para os adeptos se sentirem campeões e, quando tal não é atingido, castigam os jogadores", pode ainda ler-se.