A logística deste evento, que se realiza há 15 anos, está vez mais complexa e proporciona experiências extraordinárias entre culturas de geografias distantes, casos da Tanzânia, Mongólia e do Líbano
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A festa do futebol juvenil está de regresso. Arranca esta terça-feira o torneio de verão da Ibercup, o maior evento mundial de futebol juvenil, que O JOGO irá acompanhar. Será uma semana de competição e extraordinárias oportunidades para as crianças contactarem com diferentes níveis de desenvolvimento da modalidade. A cada edição, a organização, liderada por Filipe Rodrigues, tem sido surpreendida pelo aumento de adesão de países, numa iniciativa que alarga os horizontes desportivos.
“Este ano atingimos um verdadeiro recorde”, enfatizou Filipe Rodrigues, “orgulhoso” pelo impacto deste torneio que atraiu atenção de geografias distantes: Tanzânia, Mongólia e Líbano, entre outras. O fenómeno da interculturalidade é um aspeto relevante nesta experiência, que “acaba por ser um ponto de encontro, não só em termos de uma experiência desportiva, mas também uma forma de unir as diferentes culturas”, realçou Filipe Rodrigues.
A Ibercup tornou-se, assim, um local de convergência, proporcionando interações sociais que colocam as crianças perante realidades diversas, algumas das quais afetadas por conflitos sociais e políticos. O sucesso, explica, “tem a ver também com a consistência e com a persistência ao longo dos anos em organizar e a dar uma experiência muito positiva a todos os participantes”.
Num curto espaço de três meses, considerando o torneio da Páscoa, “visitaram o país, e o município de Cascais, praticamente 800 equipas de mais de 50 países”, destacou Filipe Rodrigues, anunciando que hoje “chega um comboio do Porto com 600 participantes”. “Eles deslocam-se durante o torneio das mais variadas formas, desde a utilização de transportes públicos a autocarros privados”, apontou.
A logística tornou-se um processo complexo, ao longo de mais de uma década. “Começámos com o Complexo do Jamor, apenas cinco campos. Nesta edição estamos a utilizar 40 campos de futebol”, distribuídos por vários pontos (Sintra, Oeiras, Lisboa e Cascais). Filipe Rodrigues lembra que este é apenas um dos muitos aspetos organizativos, pois “há ainda a questão da arbitragem e a forma também como as equipas chegam ao torneio”.