José Mota lamenta salários em atraso e só fica no Leixões "se as coisas mudarem"
José Mota entende que o plantel fez mais do que os objetivos, apesar dos salários em atraso, da falta de material e dos problemas logísticos. Ficar no Leixões ainda não está descartado pelo treinador, mas não com as atuais condições de trabalho. A época foi "muito difícil, muito sofrida", valendo-lhe o plantel "excecional".
Corpo do artigo
Ainda sem o futuro profissional definido, José Mota, que treinou o Leixões, olha para a temporada da equipa com orgulho, apesar do mar de problemas com que se debateu.
"Foi uma época muito difícil, muito sofrida, mas conseguiu-se o objetivo, se calhar até mais, e valorizámos jogadores", conta a O JOGO, definindo como "fantástico" o campeonato feito por "jogadores abaixo dos sub-23 e muitos provenientes de escalões inferiores, de clubes como o Tirsense e o Valadares, entre outros, que foram assimilando as ideias da equipa técnica e acreditaram que a II Liga estava ao seu alcance".
As lesões de Fabinho, Amorim e Thalis fizeram a equipa "perder um bocadinho", até porque o plantel "não era extenso" mas onde vê jogadores que, tem "a certeza", que se vão "impor na I Liga".
A isto juntaram-se os "salários em atraso, falhas de material e logísticas, como, por exemplo, campos para treinar", revela o técnico, elogiando a forma como jogadores e equipa técnica "aguentaram mês após mês, até ao final da época": "Não é nada fácil gerir um plantel com estes problemas, mas o grupo foi sempre excecional e aceitou a situação humildemente. Acredito que o presidente vá resolver a situação até terça-feira [amanhã]."
Com convites em carteira, José Mota mantém, no entanto, a porta aberta ao Leixões, mas "não nestas condições". "Se as coisas mudarem... o clube tem que ter uma responsabilidade maior. Faltaram-nos muitas coisas e, assim, não posso aceitar continuar", expôs, defendendo que a cisão entre SAD e clube, discutida no sábado, em Assembleia Geral, "não vai ajudar a melhorar" o Leixões.
14919522