Técnico português diz estar frustrado pela despromoção do clube insular à II Liga 38 anos depois.
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Em declarações à RTP Madeira, no noite de terça-feira, o treinador José Gomes assumiu que não vai continuar no clube, sem apontar de onde partiu a decisão.
No momento da despedida do clube verde-rubro, o técnico assume, mas também divide responsabilidades. "Por erros, por más decisões, por desconcentrações, por deslizes, por incompetência seja ela de que ordem for e, muitas vezes, por erros que nada têm a ver connosco e que nos prejudicaram em muitos jogos", apontou, assumindo-se frustrado pelo desfecho. "Fizemos um trabalho árduo, entreguei-me à causa maritimista com o meu sangue, com o meu suor e não foi suficiente. O meu sentimento é de frustração".
José Gomes diz que teve todo o apoio da direção do Marítimo. "Desde que cheguei, a Direção deu todo o apoio. Não faltou nada. Seria uma enorme cobardia da minha parte neste momento dizer que estive sozinho, o que não é verdade, que a culpa não é minha, o que não é verdade. A responsabilidade numa equipa é como um bolo. Existem fatias para todos", aponta.
Com a despromoção à II Liga consagrada, José Gomes assume um enorme desalento. "É realmente um aperto que não sai. Só posso comparar à morte de um familiar próximo", apontou.
Para a próxima época deixa uma recomendação. "Tudo o que diz respeito à equipa profissional de futebol, esta tem que estar preparada para ser tudo mais célere, mais rápido, mais dinâmico para poder ser mais eficiente. No fundo, fazer as coisas bem com o mínimo de turbulência até ao fim", finalizou.
Na próxima semana o clube deve apresentar um novo treinador.