Antigo presidente, em comunicado, entende que a venda do imóvel é "o mais grave ato de gestão imprudente da história da Académica/OAF" e fala em falta de "transparência e clareza"
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José Eduardo Simões afirmou ontem que "transparência e clareza foi tudo o que faltou e falta no negócio da venda do edifício dos Arcos do Jardim", que, recorde-se, foi vendido por 700 mil euros a um anónimo, depois dos sócios terem aprovado na assembleia geral da última sexta-feira. O ex-presidente da Briosa considera mesmo que "esse negócio constitui o mais grave ato de gestão imprudente da história da Académica/OAF, pelos danos patrimoniais e prejuízos financeiros que representam para a AAC/OAF". Simões lamenta que só na reunião do Conselho Académico a duas horas do início da última AG a Direção tenha divulgado a proposta em questão e que os 700 mil euros incluem "o pagamento, por parte da AAC/OAF, do IMT, dos ónus e encargos do imóvel, dos atos de registos e escrituras e outras despesas mais, ou seja, dos 700 mil euros, a AAC/OAF recebe apenas 580 mil", sendo que para recuperar o imóvel até 1 de Junho de 2019 terá de pagar 840 mil euros.
"Para aumentar a vergonha, num ambiente de secretismo e falta de transparência, esta Direção e o seu presidente apressaram-se a fazer a escritura no passado sábado, num notário de Tábua, para criar um facto consumado", acrescentou Simões que garante que "este assunto não vai ficar por aqui porque haverá instâncias judiciárias e judiciais que vão ser chamadas a verificar todos os contornos deste "negócio" e investigar aprofundadamente". Recorde-se que Simões manifestou através de email na sexta-feira e reforçou-o na última segunda-feira a vontade de adquirir o imóvel por 750 mil euros.
Contactado por O JOGO, fonte do clube academista reafirmou aquilo que a Direção da Briosa já havia assumido no último comunicado: daqui em diante só responde em tribunal.
Quanto ao comunicado da Direção academista divulgado na última segunda-feira em que fazia acusações ao ex-presidente e assumia levar o mesmo a tribunal, Simões diz que tal surgiu para "desviar as atenções" da venda da antiga sede. E quanto aos diversos factos apresentados pelo elenco comandado por Paulo Almeida, José Eduardo Simões apenas abordou dois, mais concretamente sobre o processo que a Direção diz que o próprio avançou contra o clube - desafia que seja divulgado o número do processo - e quanto ao cheque de 100 mil euros que Paulo Almeida disse que Simões passou a poucos dias das eleições refere que o sucessor "preferiu tentar "atirar areia para os olhos" e vai de publicar vários cheques, seja de Janeiro e Março de 2016, outros de 2015" que segundo o ex-dirigente tratam-se de "importâncias que foram contabilizadas pela AAC/OAF e abatidas à dívida" que a instituição tem para com ele.
Contactado por O JOGO, fonte do clube academista reafirmou aquilo que a Direção da Briosa já havia assumido no último comunicado: daqui em diante só responde em tribunal.