Técnico de 51 anos conduziu os leões da serra à permanência no segundo escalão.
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O treinador José Bizarro vai deixar o Covilhã, depois de ter alcançado a manutenção na Liga SABSEG, revelou esta segunda-feira o técnico à agência Lusa, manifestando-se, simultaneamente, "orgulhoso e triste".
"Parto orgulhoso e triste. Contente e orgulhoso por ter cumprido o que me pediram e o que deixei ficar, e triste por não continuar, porque não estava a contar", revelou o técnico, que chegou aos leões da serra em fevereiro e tinha contrato até ao final da temporada 2020/21.
Bizarro, que em 18 jogos somou quatro vitórias, oito empates e seis derrotas, recordou ter chegado com a equipa no 16.º lugar e terminou o campeonato no 13.º posto da classificação, "com os mesmos 37 pontos do 11.º".
"Encontrei uma equipa quase nos cuidados intensivos e acho que há muito tempo estávamos a respirar muito bem. A matemática só se deu com o Estoril, mas há muito tempo que tínhamos sempre uma margem de cinco ou seis pontos para a "linha de água" e com cinco ou seis equipas atrás, o que nos dava um grande conforto", sublinhou o antigo jogador.
O treinador recordou "o calendário dificílimo" quando chegou, com oito jogos em cinco semanas e uma segunda volta em que defrontou "os candidatos todos em casa".
"Acho que fazer melhor era possível, mas quando entrei, se me dissessem que no final ia acabar com 37 pontos, se calhar não acreditava, e os 32 teriam dado [para a permanência no segundo escalão do futebol nacional]", acrescentou.
O treinador, de 51 anos, que afirmou neste momento desconhecer o seu futuro profissional, considerou ter provado a sua valia e estar preparado para assumir o comando de equipas dos campeonatos profissionais.
Bizarro chegou ao Covilhã proveniente do Lusitano de Évora, do Campeonato de Portugal, em fevereiro, para substituir Capucho, que já tinha rendido esta temporada Daúto Faquirá.