Jorge Jesus queixa-se do calendário: "O final da época foram dez jogos. Não foram 30"
Depois da apresentação na segunda-feira, Jorge Jesus é entrevistado este sábado pela BTV
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Regresso e calendário de jogos: "Voar na pré-época não vai dar, mas temos quatro ou cinco semanas para voar o máximo possível. Enfrentar um primeiro jogo, não há jogos antes do campeonato. Penso que podia haver defesa do futebol português, não há um jogo do campeonato antes da Europa... Estiveram dois ou três meses sem treinar, devia jogar-se a primeira jornada antes da Europa. Os jogadores tiveram muito tempo em casa para limpar a cabeça. Falo de todos os jogadores de todo o mundo. O único problema foi o vírus. Já não é, temos de viver com o vírus. Não ponho esse problema assim. O final da época foram dez jogos. Não foram 30. Dois meses em casa, qual o problema a trabalhar uma semana depois? Há jogo a 15 de setembro. Não havia outra hipótese, penso que esse problema não se coloca. Vão estar com força e vontade grande.":
Ganhar a Champions: "Já achei que seria difícil. Dentro daquela ideia de os melhores jogadores saírem, fica difícil discutir com os outros. São sempre mais ou menos os mesmos rivais. Contudo, face à pandemia o ciclo pode mudar. Este play-off dá para olhar e ver que não há tantos tubarões. Não são as grandes equipas do Real, do Bayern e do Barcelona e até essas não estão tão fortes. "
Unir e conquistar os adeptos: "Como conquistei. Com resultados. Pelo que fizemos no Benfica. Vão sempre analisar-me como treinador. Faz parte da minha profissão sair de clube. Isso vai ser a minha vida como treinador. Não sou treinador de nenhum clube, sou de futebol e neste momento estou no Benfica. Não estou a pensar sair, mas a vida do treinador é esta. Não estão a olhar para a realidade, mas sim para a saída dum treinador para o rival."
Triplicar e arrasar: "Se o Benfica este ano não ganhou nenhuma competição, se queremos ganhar, temos de ser muito melhores e portanto para sermos melhor, duplicar não chega. Temos de triplicar. E o arrasar vem da convicção e de uma certeza que vamos construir uma grande equipa para podermos arrasar. Não me esqueço que foram seis anos fantásticos, podíamos ter ganho muito mais porque perdemos algumas decisões. Até hoje sou dos treinadores com mais títulos no Benfica, mas isso faz parte do passado. O que me interessa é o presente e o futuro do Benfica. Os títulos estão cá, mas isso já não me interessa. O passado já não conta."