Miguel Quaresma, antigo adjunto do atual treinador do Flamengo, relata o que se passou no dia do ataque à Academia do Sporting e corrobora o que disse Raul José sobre a reunião com Bruno de Carvalho na véspera.
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Miguel Quaresma, antigo adjunto de Jorge Jesus no Sporting, detalhou esta terça-feira as agressões sofridas pelo agora treinador do Flamengo no dia do ataque à Academia de Alcochete.
"Jorge Jesus foi agredido nas costas, no peito e caiu", disse Quaresma, no Tribunal de Monsanto, na nona sessão do julgamento do processo.
O ex-adjunto de Jesus corroborou ainda as informações dadas por Raul José sobre a reunião da equipa técnica com Bruno de Carvalho, na véspera do ataque.
"Bruno de Carvalho chamou a equipa técnica e disse que era o fim de linha. Falou da avaliação da época, mas o ambiente já não era o melhor. Notámos isso no jogo de Madrid [frente ao Atlético]. Sabíamos que era para nos despedir quando nos chamou. Quando acabou a reunião, como era tarde, não era possível aos advogados elaborarem a documentação [nota de culpa]. E ele disse 'como sou vosso amigo, estejam amanhã na Academia, que se trata depois do assunto'. Ele queria que fôssemos à Academia porque a nossa ausência podia ser motivo para justa causa. Tínhamos treino de manhã, mas Jesus acedeu que o treino passasse para a tarde. Estávamos à espera de receber a nota de culpa, mas ninguém nos barrou e íamos dar treino", relatou Miguel Quaresma.
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