Raul José, antigo adjunto de Jorge Jesus no Sporting, recorda que o reagendamento do treino de 15 de maio de 2018 foi feito por Bruno de Carvalho.
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Raul José, ex-técnico adjunto de Jorge Jesus no Sporting, foi ouvido esta quarta-feira no Tribunal de Monsanto na qualidade de testemunha no julgamento do processo do ataque à Academia dos leões.
Inquirido pela procuradora, recordou a reunião da equipa técnica com Bruno de Carvalho na véspera de invasão em que, refere, "foram despedidos informalmente". "Houve uma reunião no dia 14 com a equipa técnica. Tivemos uma reunião para sermos despedidos. No fundo, fomos despedidos informalmente. A seguir houve reunião do Bruno de Carvalho com outros departamentos. O treino estava marcado para de manhã. Foi Bruno de Carvalho que sugeriu que o treino fosse marcado para a tarde, para recebermos a nota de culpa de manhã. Mas eu cheguei perto do meio-dia e meia à Academia, para que o Jorge Jesus não fosse barrado à entrada. Quando lá cheguei não havia nada, nenhuma nota de culpa e entrei. Telefonei ao Jorge Jesus a dizer-lhe que podia vir. O Jorge Jesus é que marcava os treinos e o treino inicialmente estava marcado para de manhã e não havia treino à tarde", conta o antigo adjunto de JJ, prosseguindo:
"Não havia nenhuma reunião marcada e nós pensámos que a sugestão tinha sido feita para que o departamento jurídico tivesse tempo para fazer a nota de culpa para sermos despedidos. Quando saímos da reunião, pensávamos que não íamos dar mais nenhum treino e que não iríamos ver mais Bruno de Carvalho. Não disse que estaria no treino da Academia", rematou Raul José.
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