O treinador que orientou o médio, reforço minhoto até 2022, descreve-o como "um box to box" e "muito mais um 8 do que um 6". E tem tanto espírito de equipa que, conta, é daqueles que "chora quando perde"
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Sete anos depois de ter ido para a Turquia - onde representou o Kasimpasa e o Goztepe -, André Castro está de regresso a Portugal.
"Vai ser uma surpresa muito agradável para os menos atentos"
O médio de 32 anos que, antes de sair do FC Porto, estivera em Espanha, no Gijón, entre 2010 e 2012, "tem todas as condições para ter sucesso no Braga". Quem o afirma, sem hesitar, é Jorge Costa, treinador que orientou um dos seis reforços dos bracarenses na fase inicial do seu percurso, entre 2008 e 2010, no Olhanense.
"Vai ser um casamento quase perfeito e estou à vontade para falar porque conheço bem o clube e o presidente. É um guerreiro, como o Braga precisa, e vai ser uma surpresa muito agradável para as pessoas que estão menos atentas no futebol", perspetivou.
O jogador que foi titular no jogo de preparação, anteontem, com o Paços de Ferreira, "é extrovertido", mas também, acrescentou Jorge Costa, "muito tranquilo, soft, trabalhador, respeitador e muito dedicado". E, sublinhou o treinador, "abdica do seu bem em prol do bem da equipa e está sempre disponível para se sacrificar pelo grupo".
O técnico, que se estreou como treinador principal no Braga, acompanhou a carreira de Castro e fala "de vez em quando com ele". "Costumo dizer, em tom de brincadeira, que é um dos meus filhos", revelou, entre sorrisos, antes de o descrever como jogador.
"É um verdadeiro box to box, muito mais um 8 do que um 6; é um belíssimo recuperador de bolas, defende bem e tem capacidade física para chegar à área e fazer golo. Tem uma meia distância fantástica, como já o provou com golos de belo efeito", analisou, sublinhando que sempre percebeu que "teria uma bela carreira pela qualidade técnica e vontade que demonstrava diariamente". "É muito competitivo, chora quando perde, quer sempre mais e melhor", elogiou.
Aliás, Jorge Costa garantiu que não encontra lacunas relevantes no médio do Braga. "Não será um jogador perfeito, mas custou-me ver que não tenha tido mais protagonismo no FC Porto", apontou. "Tive o privilégio de treinar alguns jovens e o Castro era seguramente o que tinha mais potencial para ser uma das grandes figuras do clube.
Mas agora, depois de fazer grande parte da carreira fora do país, vai provar que é jogador para um grande e está num clube que se encontra num patamar muito elevado e caminha a passos largos para ser um dos grandes candidatos ao título", defendeu.
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