A Autoridade de Saúde da Madeira explica que estão a ser feitos contactos para que "sejam criadas condições" de modo a que o Caldeirão receba os cinco jogos que lhe restam.
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O Marítimo mantém-se firme na intenção de jogar o que resta do campeonato em casa e a Secretaria Regional da Saúde da Madeira abre a porta a essa possibilidade.
"Naturalmente, se estiverem criadas todas as condições e recomendações para que esses jogos possam ser feitos aqui na região, será esse o parecer que será dado", afirmou Pedro Ramos, secretário regional.
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Ao emblema insular, 15º classificado, restam cinco jogos na condição de visitado, e o clube já ameaçou impugnar a competição se não os poder realizar nos Barreiros. O estádio é de nível I, mas a Direção-geral da Saúde (DGS) pretende realizar os jogos no menor número possível de recintos, e várias equipas já encontraram casas emprestadas - o Santa Clara, por exemplo, desde cedo abdicou de jogar nos Açores.
"Já houve contactos estabelecidos entre a Autoridade Regional da Saúde, elementos da DGS e também com o ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que tem sido o interlocutor por parte da FPF, no sentido de criarmos as condições para que o Marítimo possa jogar na sua casa", explicou Pedro Ramos, que disse estar a aguardar um documento para que possa ser feita a vistoria ao Estádio do Marítimo. Por outro lado, há a questão da quarentena obrigatória para os visitantes da Madeira. Pedro Ramos ressalva que "vão ser tomadas decisões consoante a evolução da pandemia", e a diretiva do Governo Regional prevê uma exceção para profissionais que viagem para a Madeira a fim de "serviços considerados essenciais, urgentes, ou inadiáveis para o interesse público" da região autónoma, "mediante a orientação da Autoridade de Saúde Regional".
O recinto é de nível I e receberá, em breve, uma vistoria, avançou Pedro Ramos, secretário regional. Carlos Pereira, presidente do clube, também quer ter 33% da lotação ocupada
É igualmente requerido um teste negativo à covid-19 realizado 72 horas antes, o que já encaixa perfeitamente no protocolo sanitário da DGS, que também quer as deslocações dos clubes em meios exclusivos. Ou seja, no caso da Madeira, seria necessário fretar um avião, num serviço que, segundo o O JOGO apurou, pode chegar aos 40 mil euros.
Por outro lado, Carlos Pereira, presidente do Marítimo, agradeceu ao Benfica por "não ter colocado entraves em ir jogar à Madeira", e ao V.Setúbal por se solidarizar com a intenção do clube em jogar no Caldeirão, naquela que é apenas uma das "três lutas" assumidas pelo dirigente. "Sempre defendi que 33% da lotação também devia ser contemplada nesta retoma do campeonato, com lugares marcados e a distância necessária", vincou Carlos Pereira, que também quer receber a final da Taça de Portugal - ver peça em baixo.