Bragança, clube da Série A do Campeonato de Portugal, está a viver tempos complicados em termos económicos e sem Direção formal, após a demissão do presidente Milton Roque.
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A vida não está fácil para o Bragança. Em gestão corrente desde a demissão do presidente Milton Roque, em meados de março, os restantes elementos da Direção tentam resolver uma série de problemas, sendo o primeiro o pagamento dos salários relativos a fevereiro. Carlos Roxo é um desses dirigentes que se mantêm para dar uma resposta imediata aos jogadores, que "estão desesperados e na expectativa pelo que vai acontecer". O JOGO tentou contactar Milton Roque, mas este manteve o telemóvel desligado.
A funcionar como se fossem uma comissão administrativa, os responsáveis resistentes não podem aceder ou movimentar a conta bancária do clube, uma vez que falta a assinatura do presidente demissionário. "Ninguém sabe dele", desabafou Carlos Roxo, dando prioridade à satisfação das necessidades do plantel. "Temos algum dinheiro a receber, uma parte da autarquia, o que poderá ajudar-nos a pagar o mês de fevereiro", conta, revelando estar "em contacto diário com todos os jogadores". André David, treinador da equipa brigantina, tenta "manter a forma e a sanidade mental" nesta fase complicada, agravada pela distância social. "Se isto se mantiver, será complicado. O clube está a passar por dificuldades económicas; o presidente demitiu-se e, ainda por cima, o relatório e contas não foi aprovado", disse, revelando que tem estado "a ver jogadores e a preparar a próxima época". "Estou a planear o futuro, não sei se será no Bragança ou noutro clube. Mas o que interessa agora é ir pensando em novas ideias, novos comportamentos", complementou.
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Apesar das aflições no presente, Carlos Roxo, que se declara porta-voz do clube, prevê um agravar da situação económica pela "falta de receitas", e esta paragem forçada "não veio ajudar em nada". "Temos despesas com alojamento e alimentação", concluiu.