Presidente do Esperança de Lagos, António José Alves, considera que o mais lógico é dar o campeonato por terminado.
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O Esperança de Lagos vê praticamente como impossível a conclusão do Campeonato de Portugal e considera mais lógico "dar a prova por terminada". António José Alves, o presidente dos lacobrigenses, tem falado com outros líderes de clubes e acompanha de perto as movimentações que são feitas, inclusive junto da Federação Portuguesa de Futebol, que, por sua vez, também já sondou os muitos emblemas que disputam o terceiro escalão do futebol português.
"Está tudo parado e é bom que se encontre uma solução rapidamente, porque este estado de coisas não pode continuar assim. O futebol, de momento, nem é o mais importante na vida e no dia a dia das pessoas, mas no dia 30 de junho acabam os contratos com os jogadores e os clubes têm de tomar medidas", explica António José Alves.
"Acho que vai ser impossível retomar os jogos. Em primeiro lugar porque, infelizmente, tudo indica que o surto vai prolongar-se, e, depois, porque não é de um dia para o outro que se recomeça logo a jogar. Mesmo do ponto de vista ético e moral, não creio que seja correto, uma vez que há famílias afetadas e jogadores que o sentem na pele", vinca o dirigente, admitindo que a solução a anunciar passe pela subida dos dois primeiros de cada série.
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No cargo desde 2007, António José Alves sustenta que "não há condições" para a bola voltar a rolar, muito embora todo o plantel do Esperança esteja a treinar em casa, seguindo o programa estipulado pelo treinador, Roberto Alberto, e pelo preparador físico, Vilton Alves. "Tenho falado com os atletas, tal como a equipa técnica e o diretor desportivo. Há alguns mais ansiosos e mais preocupados, em especial os que têm família fora do Algarve, mas temos tentado tranquilizá-los."