Declarações do ex-jogador João Pinto, na antestreia do documentário "José Maria Pedroto, Um Homem Superior", no auditório com o nome do mítico treinador do FC Porto, no Dragão
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Com que sentimento é que ficou? "Foi a história do Mestre, de uma pessoa acarinhada pelo clube e por muitas pessoas, principalmente pessoas adeptas do FC Porto que ao longo de muitos anos conviveram com o FC Porto orientado pelo senhor Pedroto. Era uma pessoa... não há palavras para descrever. Eu costumava dizer antigamente que era uma pessoa ou um homem com dois 'H's' grandes. Mas vou dizer agora que é um homem, ou era um homem, com um H muito grande. E todos aqueles que trabalharam com ele, que foram discípulos dele, têm um sentimento enorme por aquilo que ele fez por nós. Por aquilo que ele fez pelo clube e, principalmente, por aquilo que tornou este clube. Acho que o FC Porto deve muito ao Sr. Pedroto e acho que este documentário veio dar felicitar tudo aquilo que ele fez com FC Porto."
Enquanto antigo capitão de FC Porto, antigo discípulo, ou pelo menos pupilo de José Maria Pedroto, o que é que o FC Porto de hoje tem a aprender com o mestre Pedroto? "O FC Porto, aquilo que tem a aprender com o mestre Sr. Pedroto é que naquela altura o FC Porto era um clube que lutava contra os dois clubes mais rivais, que eram os dois clubes da capital, o Sporting e o Benfica. E como foi dito no documentário várias vezes, eu passei por isso quando comecei a jogar futebol como profissional, que quando atravessávamos a ponte perdíamos logo por 3-0. As pessoas de Lisboa brincam com isso, mas nós que sentimos na pele, sabemos que isso era verdade. E a vinda do Sr. Pedroto, com a entrada do Jorge Nuno Pinto da Costa para a presidência do FC Porto, tornaram e fizeram ver que tínhamos que lutar muito, tínhamos que ter uma alma muito grande para o FC Porto ser cada vez maior e, acima de tudo, começarmos a ganhar coisas que nunca tínhamos ganho. Foi por isso que passados 19 anos o FC Porto conseguiu o bicampeonato, não conseguiu o tri por tudo aquilo que todos nós sabemos, mas passados dois anos dele ter saído e depois ter voltado, o FC Porto continuou a crescer, continuou a não ter medo de passar as pontes para ir jogar para a margem sul. Isso fez de nós e fez do FC Porto um clube muito grande, não só a nível nacional, mas também a nível europeu."