João Henriques revela preferência para o futuro, mas garante: "Se não acontecer..."
Treinador de 47 anos deixa o Santa Clara ao cabo de duas temporadas francamente positivas para o clube açoriano na I Liga.
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Preferência para o futuro: "Estou disponível para os projetos que apresentarem, com ambição. Preferencialmente em Portugal, por questões pessoais, quero continuar a carreira na I Liga, de preferência, mas se não aparecer o projeto indicado, o estrangeiro está sempre em aberto, já estive duas épocas fora [Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos], não há nada de estranho".
Já tem convites? "Não tenho convites, estou aberto a propostas de ambição e obviamente em Portugal há vários clubes com essa capacidade. Se não surgirem, não há problema. Os [clubes] que ficaram acima de nós, com ambição, mas, não havendo proposta, não conto com nada. Gostava de ficar em Portugal, mas se não acontecer haverá oportunidades no estrangeiro".
Balanço do trabalho feito no Santa Clara: "Um gozo ver uma região inteira orgulhosa do que foi feito nestas duas épocas. Não é só uma ilha, é uma região, uma diáspora que nos transmite orgulhosamente isso. Enche-nos o coração com orgulho, depois ver a evolução do clube na I Liga, pela terceira época seguida e sempre a bater recordes, dá gozo. Vai ser uma herança pesada, mas há garantias de que vai haver continuidade, será desafio difícil, mas é uma continuidade, a raça açoriana é característica e esta equipa foi a imagem dessa raça açoriana. Com princípios muito vincados, mas com qualidade de jogo e raça para superar as dificuldades. Não se compra, constrói-se, é a essência das gentes açorianas, que nós transportámos para dentro de campo. Valorizámos vários jogadores, o que me dá um gozo tremendo. Valorizámos o Thiago Santana, o Schettine, o Carlos Júnior, mas também outros, como Rashid, Fábio Cardoso... Dá gozo ver o trabalho recompensado com estas vendas deste ano e da época anterior. É um dos objetivos de um treinador".