Das seis épocas anteriores no Benfica, só em 2009/10 Jesus tinha modificado o setor mais recuado em sete ocasiões nos primeiros 12 jogos oficiais
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A deslocação ao União de Paredes da Taça de Portugal vai fazer, ao que tudo indica, que o Benfica alinhe com a sétima defesa diferente em 12 jogos oficiais. O defesa cedido pelo Barcelona, Todibo, que está recuperado da lesão no tendão de Aquiles, poderá estrear-se pelos encarnados, sendo Ferro outra hipótese para o eixo central.
Primeiro foi a venda de Rúben Dias, depois as lesões de André Almeida e Grimaldo
Qualquer uma das duas soluções vai fazer com que Jesus mude novamente um setor abalado nos últimos tempos, com nove golos sofridos nos últimos três jogos, com Boavista (3-0), Rangers (3-3) e Braga (2-3).
No arranque da temporada até parecia não haver esta ebulição: André Almeida, Rúben Dias, Vertonghen e Grimaldo foram titulares nos três primeiros jogos, porém a saída do central da formação encarnada para o Man. City abriu as portas à primeira mudança, com entrada direta de Otamendi no onze, que nunca mais saiu, e de Jardel também nesse embate com o Farense.
Vertonghen voltou com o Rio Ave - terceira mudança -, mas André Almeida lesionou-se com gravidade, abrindo a porta a Gilberto...durante dois jogos. A quinta defesa diferente teve Diogo Gonçalves na lateral direita, coincidindo com a entrada de Nuno Tavares à esquerda. O canhoto ficou no posto do lesionado Grimaldo e a sexta tentativa de quarteto recuado aconteceu com Gilberto de novo no onze, no caso com o Boavista.
Rúben Amorim dá lição de continuidade nos leões
Até em termos de substituições, alargadas após a covid-19, Jesus tem recorrido a um setor que não mexia: promoveu 11 alterações, insistindo, por exemplo, na mudança das laterais, nomeadamente para canalizar mais jogo ofensivo por lá. Com o técnico amadorense no Benfica, sete quartetos diferentes nos primeiros 12 jogos só em 2009/20, ano em que chegou à Luz. Foi justamente na Taça de Portugal, diante do Monsanto, que rodou tudo, chegando à tal sétima linha defensiva distinta. No entanto, também em 2010/11 chegou aos 11 encontros com seis quartetos diferentes, estabilizando nas épocas seguintes.
As rotinas de uma linha que tem hoje, habitualmente, três reforços no onze, estão por olear, como seria de esperar, e a rotação tem gerado críticas, que se adensaram com o momento menos bom, tendo a equipa sofrido já 16 golos.
São até profundamente exemplificativas olhando para os rivais: o FC Porto mudou quatro vezes em nove jogos. Manafá, Pepe, Mbemba e Telles jogaram os primeiros quatro encontros. O lateral foi vendido e entrou Zaidu. Além do teste a Manafá na esquerda, com Corona à direita e Diogo Leite no eixo (Paços de Ferreira), só se regista a entrada de Sarr no eixo. Já o líder da liga nunca alterou. Nos nove jogos da temporada - oito golos sofridos -, Rúben Amorim manteve Porro, Neto, Coates, Feddal e Nuno Mendes no quinteto titular.
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