Declarações de Rui Vitória, treinador do Spartak, na antevisão à primeira mão da terceira eliminatória da Champions, com o Benfica.
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Discurso inflamado com Jorge Jesus: "É um jogo entre Benfica e Spartak. Não é de individualidades, é um jogo de dois coletivos, muito idênticos, sentindo a grandeza que representam para os seus países, até nas cores, um clube muito forte na Rússia e um clube forte em Portugal. Isso é o mais importante, quanto aos dois treinadores, é uma novela que sinto que se gosta de alimentar, mas já não estou para essas novelas. Não muda nada. Não é por estar no estrangeiro que as coisas se vão alterar. Até à data nunca nos falámos, também agora não nos vamos falar, obviamente."
Comparação entre o atual plantel do Benfica e o que orientou na Luz: "É algo que foi genericamente falado, o Benfica reforçou-se bem a partir do ano passado. Apesar de não terem alcançado os resultados que desejavam, os jogadores são de inegável qualidade, são internacionais pelas suas seleções e habituados a altos níveis de competição. Este ano reforçaram-se outra vez com jogadores de qualidade. Benfica está forte e eventualmente melhor do que aquela equipa que treinei, apesar de ter imenso prazer no trabalho que fiz.
O que o Spartak pode fazer para contrariar o Benfica: "Algo que acredito é não fazer alterações significativas em relação ao adversário. Não é norma fazer alterações em que os meus jogadores não saibam o que têm de fazer. Vamos ter os nossos momentos, mas também vamos estar preparados para o poder do Benfica, que é grande."
Estado de espírito e mal-entendido: "Vamos disputar o jogo com muita determinação, convicção e desinibidos. Sei que do outro lado está uma equipa com uma pressão alta em relação a este jogo. Falo porque conheço as duas realidades. A exigência nossa é enorme porque a colocamos sobre nós próprios. Por outro lado, no adversário há exigência por ser um grande clube e porque no ano passado não entrou na Liga dos Campeões. Sou a pessoa mais exigente comigo mesmo e os meus jogadores. Se há coisa que vamos fazer é disputar jogo de forma determinada e convicta. Ou foi mal explicado, fica aqui esclarecido que a minha determinação é muito grande. Quando digo isto é porque do outro lado está uma equipa que é determinada e quer entrar na Liga dos Campeões, como nós também queremos, mas parece-me pressão mais elevada. Conheço as duas realidades e sei o que sente um jogador ao representar neste momento o Benfica e o Spartak. Vamos disputar até à exaustão, determinados, convictos. Do outro lado está uma equipa forte. Quem não souber, que se informe. Tem jogadores de alto nível de qualidade, em grandes seleções do mundo, habituados a jogar finais e momentos decisivos e isso às vezes faz a diferença, é isso que quero alertar a todos. Quem nos vê desde o início já percebeu que somos uma equipa de convicções e positiva, basta ver as oportunidades que temos em todos os jogos. Vamos ser fortes a defender e atacar. Somos uma equipa positiva, convicta, determinada. Não vamos estar permanente a defender e à espera do adversário. Gosto pouco de mal-entendidos."