Foi apresentado requerimento a pedir a nulidade das provas.
Corpo do artigo
Decorreu na manhã desta quarta-feira, no Campus de Justiça, o debate instrutório do processo da invasão à Academia do Sporting, com Bruno de Carvalho presente.
O advogado Carlos Melo Alves, que defende o arguido Emanuel Calças, avançou com um requerimento a pedir a nulidade das provas, baseado em três premissas: a alegação de que devia ter sido feito um despacho por terrorismo, uma vez que a polícia iniciou uma investigação por alegado terrorismo; o levantamento das comunicações das pessoas que estiveram na Academia no dia do ataque; a nulidade de todas as conversas de WhatsApp entre os arguidos.
A procuradora Cândida Vilar respondeu ao advogado, admitindo que o despacho não foi feito, mas que as diligências da polícia foram feitas com o conhecimento do Ministério Público. Durante esta intervenção, Bruno de Carvalho falou e recebeu ordem de silêncio por parte do juiz Carlos Delca. Cândida Vilar referiu ainda que, dada a urgência da situação, qualquer órgão de segurança podia tratar do assunto, uma vez que a Polícia Judiciária não apareceu na Academia de Alcochete porque não quis.
Quanto à recolha dos dados de comunicação, a procuradora referiu que a GNR tem analistas para estas situações. Sobre as mensagens já apagadas, Cândida Vilar afirmou que a polícia "não tem meio de recuperar as mensagens já apagadas" e referiu que "nem todos são como o Rui Pinto, que consegue ter acesso a correio alheio".
15 advogados subscreveram o requerimento. Filipe Coelho, advogado de Mustafá, não se incluiu nesse lote, uma vez que o líder da claque Juventude Leonina, alegadamente, não se encontrava na Academia no dia da invasão.