Portistas só resolveram os últimos três encontros da liga na segunda parte. Primeiros 15’ desse período são os mais produtivos
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As conversas de Vítor Bruno com o plantel durante o intervalo têm tido um efeito estimulante para o FC Porto, que tem regressado do balneário na sua versão mais furiosa. A ideia já tinha passado na Supertaça Cândido de Oliveira, quando Martim Fernandes revelou publicamente que o treinador havia puxado pelo exemplo de uma reviravolta do Liverpool, na final da Liga dos Campeões de 2005, para fazer a equipa acreditar na recuperação de uma desvantagem de dois golos contra o Sporting, e parece estender-se às outras competições. Os últimos três jogos da I Liga, por exemplo, ficaram resolvidos somente no segundo tempo, período em que os azuis e brancos marcaram 14 dos 22 golos atuais.
Desafios com o Santa Clara e o Rio Ave foram os únicos em que “despacharam” a questão do vencedor antes do descanso. Apenas 22,7% dos golos até ao momento foram obtidos em superioridade numérica.
Os primeiros 15 minutos da segunda parte são mesmo a fase do jogo mais produtiva para o FC Porto após nove encontros realizados. Três dos quatro golos apontados contra o Arouca surgiram nesse período, em que, curiosamente, o adversário já se encontrava com dez elementos, por expulsão de Yalçin. Contudo, a quantidade de remates bem sucedidos dos dragões em superioridade numérica é inferior a um quarto (apenas 22,7%). Além destes quatro, os azuis e brancos só aproveitaram essa condição contra o Bodo/Glimt, num jogo em que o disparo certeiro de Deniz Gul não interferiu com o resultado final. Nas outras situações (Gil Vicente, Santa Clara e Rio Ave) a questão do vencedor há muito que estava resolvida.
5 - Foram os golos marcados em superioridade numérica: quatro na vitória sobre o Arouca e um na derrota com o Bodo/Glimt
Voltando ao timing dos golos, o FC Porto só não faturou após o intervalo em três dos nove desafios realizados. Contra o Rio Ave e o Santa Clara chegou à pausa do encontro com uma vantagem suficientemente tranquila (2-0) e o abrandamento que registou a partir daí até mereceu alguns reparos de Vítor Bruno. Frente ao Sporting, os dragões ficaram a zero ao longo dos 90 minutos.