Jogadores e presidente ouviram das boas dos adeptos encarnados, que aplaudiram o Tondela.
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O desaire sofrido pelo Benfica perante o Tondela funcionou como um balde de água fria para os milhares de adeptos que foram à Luz e os mesmos foram deixando bem claro o seu desagrado ao longo da partida. O auge dos nervos e da contestação foi atingido após o apito final de Nuno Almeida, altura em que se viu lenços brancos, ouviram-se assobios, ofensas aos jogadores e, até, foram entoados insultos dirigidos ao presidente Luís Filipe Vieira.
Cedo se ouviu assobiadelas vindas das bancadas, ainda antes do início da segunda parte. Aliás, quando faltavam quinze minutos para a partida terminar já era notório que largas dezenas de adeptos encarnados iam abandonando o estádio, claramente descrentes numa reviravolta. A gota de água foi mesmo o 3-1 para os visitantes, que levou a uma debandada ainda maior, deixando a Luz a menos de meia casa para os minutos finais. "Filhos da p..." e "o Benfica é nosso" eram entoados e nem o golo de Salvio perto do fim amenizou as vaias.
Após o apito final, uma assobiadela contrastava com a festa dos visitantes. Rui Vitória e a equipa técnica, com diretor para o futebol Tiago Pinto ao lado, chamou então os jogadores ao meio-campo para uma brevíssima conversa de grupo. Embora sem ser percetível o conteúdo da mesma, ficou a imagem de que Vitória pretendeu serenar o grupo que, do exterior, continuava a ser fortemente apupado. O regresso da equipa aos balneários foi cabisbaixo, com alguns atletas a retribuírem com aplausos as vozes de contestação. Diferente tratamento teria o Tondela, que foi distinguido pelo "tribunal da Luz" com fair play: após os viseenses irem agradecer o apoio dos seus adeptos, foram efusivamente aplaudidos também pelos dos encarnados enquanto saíam de campo.