A próxima edição da Ibercup de verão começa na terça-feira e O JOGO é o jornal oficial.
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O programa Ibercup Select selecionou os melhores jogadores para formar três seleções do Brasil e uma da Austrália. Luís Dias explica-nos como é feito este recrutamento para esta prova, que começa terça-feira e tem O JOGO como jornal oficial
A exemplo de outras edições, a Ibercup selecionou jogadores para formarem três seleções do Brasil (sub-9, sub-12 e sub-15) e uma da Austrália (sub-10). Estas equipas fazem parte do programa Ibercup Select, este que, de acordo com Luís Dias, “dá oportunidade a jogadores de certas zonas do mundo de participar no torneio, quando os seus clubes não o podem fazer”. “O que fazemos é recrutar os jogadores que mais se destacam em determinados escalões e permitir que eles participem nos torneios”, acrescenta, a O JOGO, o coordenador técnico da programa.
Com ajuda de parceiros locais nesses países, é feita então “uma escolha de jogadores com critérios técnico-táticos e também psicológicos”. “Queremos saber a sua relação com a bola, o comportamento e alegria a jogar e a vontade de quererem evoluir como jogadores”, elucida.
Feita estas seleções, os jogadores viajam para os países em que decorre o torneio e ainda treinam antes de iniciar a competição. “É muito giro, porque vêm de origens diferentes e nunca jogaram juntos. Acabam, por dentro do nosso contexto, jogar em outras posições e adotar comportamento que não tinham nos clubes de origem. Isso dá-lhes grande motivação, além de que jogam muitos jogos em pouco tempo, contra adversários mais fortes do que nos seus países, o que permite que cresçam mais rapidamente”, frisa o coordenador técnico, ele que vê uma evolução nos jogadores durante os torneios: “À medida que decorrem os jogos e a competição, vemos os jogadores a decidir mais rapidamente e a serem mais agressivos na tentativa de recuperar a posse de bola. Também a forma como respondem às adversidades muda. Por exemplo, quando sofrem um golo ou jogam com menos um, têm uma atitude diferente”.
Luís Dias, que já trabalhou na formação do Sporting, colabora com a Ibercup há três anos. Desde então, já viu jovens selecionados por este programa darem o salto. “Temos jogadores que já se mudaram para clubes de maior dimensão no Brasil e na Austrália. Também houve uma situação idêntica nos Estados Unidos. Estou confiante de que muitos deles, quando fizerem 18 anos, podem vir a jogar em competições profissionais em Portugal”, salienta, adiantando que, “depois dos torneios, é mantido o contacto com os treinadores locais para saber como estes atletas estão a evoluir”.
Norte da Europa e Ásia são mercados a explorar
Atualmente, o programa Ibercup Select funciona com parcerias no Brasil, Estados Unidos e Austrália. Contudo, a vontade da organização é expandir para outros mercados. “No norte da Europa, como na Finlândia, Dinamarca, Suécia e Noruega, há espaço para situações idênticas. O mesmo acontece na Ásia, em que vemos talentos no Japão e Coreia do Sul. Precisamos é de encontrar os parceiros certos para fazer estas seleções”, realça Luís Dias.
A próxima edição da Ibercup de verão começa na terça-feira e O JOGO é o jornal oficial.