"Houve momentos de tensão em que os clubes conseguiram falar. Hoje não é possível"

"Já houve momentos de tensão entre clubes e momentos em que os clubes conseguiram falar. Hoje encontramos pessoas nos nossos concorrentes com quem conseguimos falar e outros que não. No momento atual não é possível, mas haverá uma altura em que será possível que os três clubes grandes se possam juntar à mesa e conversar", afirmou Domingos Soares Oliveira, administrador da SAD do Benfica na entrevista transmitida pela BTV e feita para assinalar o 14º aniversário do Estádio da Luz.

O assunto era o futebol português e o administrador referiu-se às transmissões televisivas. "Os grandes operadores de telecomunicações conseguiram chegar a um acordo entre eles sobre os valores a pagar aos clubes. Seja pelo lado dos clubes ou do lado das telecomunicações houve momentos em que se conseguiu ter sentido de estado. Se os clubes, a Liga de Clubes, a Federação Portuguesa de Futebol e os operadores se sentarem à mesa todos teremos a ganhar, pois conseguiremos sair lá para fora", disse, para concluir dando o Benfica como exemplo. "No ranking da UEFA, o Benfica está a rondar o top 10, mas em termos de visibilidade está em 15.º ou 17.º", garantindo também que "quase 80 por cento das receitas do Benfica vêm de fora de Portugal".

Questionado sobre o naming do Estádio da Luz, Domingos Soares Oliveira pareceu ter dúvidas sobre a opção. "Se fizermos a comparação com o Arsenal, que tem o estádio semelhante ao nosso, as pessoas têm a perceção que vão ao estádio do Arsenal, mas também ao Emirates. Uma coisa não invalida a outra. O que temos de analisar é: Quantas pessoas são impactadas pelo nome do estádio? Se compararmos com a camisola... As pessoas dizem camisola do Benfica e não da Fly Emirates.[...] Hoje sabemos que, em média, 78 milhões de pessoas veem jogos do Benfica na Europa. Não nos preocupa o nome do estádio; aquilo que nos importa é que o patrocinador perceba o retorno que lhe damos."