Rui Borges, treinador do V. Guimarães, fez a antevisão do jogo de domingo (20h30), no reduto do Estrela da Amadora, a contar para a nona jornada da I Liga
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Calendário apertado: “Antes de mais deixar aqui um agradecimento ao Belenenses pela disponibilidade de nos deixar treinar aqui, no Restelo, neste contexto que tivemos, porque viajámos diretamente da Suécia para cá. Depois dizer que é fruto um bocadinho da época e de estarmos onde queremos, inseridos em todas as competições. Sabemos que faz parte, temos de saber conviver com isso, adaptarmo-nos a isso. A estrutura do clube também fez um esforço nesse sentido de nos proporcionar a nós, equipa técnica, jogadores, toda a gente, o maior conforto, a maior disponibilidade possível para entrarmos aqui num descanso possível para aquilo que será o jogo de amanhã perante o Estrela da Amadora, porque será um jogo exigente, perante um público exigente também, um ambiente muito bom dentro daquilo que também apanhámos na quinta-feira, na Suécia.
A parte do descanso é muito importante, assim como a disponibilidade, mas os jogadores estão com uma ambição enorme e acredito que estaremos prontos.”
Cansaço: “O cansaço existe e a motivação também tem que existir, porque foi uma vitória importante [contra o Djurgarden] para aquilo que é o futuro do clube e aquilo que ambicionamos. Agora, é mudar o chip porque não adianta nada, até porque, no último jogo, em casa, empatámos aos 90'+8', e queremos voltar às vitórias do campeonato. Sabemos que temos que nos adaptar a tudo, e ter capacidade de perceber que vai ser um jogo bastante exigente a nível físico e mental, mas acredito que, se tivermos exatamente a mesma postura, a mesma intensidade, o mesmo compromisso, o mesmo rigor em pequenos comportamentos que tivemos contra o Djurgarden, porque percebemos claramente onde estávamos inseridos, amanhã é um bocadinho também dentro desse contexto, é perceber que temos que estar bastante concentrados e comprometidos, diante de uma equipa que quer ganhar em sua casa, perante os seus adeptos. Acredito que estará também um bom ambiente. A nossa ambição tem que ser muito maior. A capacidade de trabalho e de exigência tem que existir do primeiro ao último minuto, para sairmos daqui com uma vitória, que é isso que desejamos.”
Rotatividade na equipa: “Olhamos sempre na perspetiva de estratégia e ao mesmo tempo daquilo que a equipa dá e daquilo que eles trabalham diariamente. Acreditamos sempre que os que entram são os melhores no momento, por isso essa rotatividade é sinal de que todos trabalham da melhor forma, todos têm dado boas respostas e isso deixa-me completamente tranquilo. A equipa que entrar amanhã é a que eu acho que vai ser melhor para aquele contexto, para aquele jogo, dentro da estratégia e dentro daquilo que é a nossa ideia de jogo. Não tenho dúvida de que quem entrar vai dar o máximo. Às vezes não corre como nós queremos, e também como os atletas querem, mas estão todos prontos para jogar, seja cinco ou 90 minutos, e é esse o espírito que eles têm demonstrado. Há essa felicidade de perceber que se respeitam muito uns aos outros, que acreditam todos uns nos outros e dão a vida uns pelos outros.”
Dar a vida em cada lance: “O Estrela é sempre um jogo difícil, pelo ambiente, pelo campo, um ambiente fervoroso, um contexto bastante intenso, competitivo, há um bocadinho a imagem da sua gente. É um jogo difícil, muito competitivo e intenso, independentemente da classificação do Estrela, e nós temos que entrar nesse espírito, dar a vida em cada lance como se fosse o último, porque só assim, aliado depois à nossa qualidade individual e coletiva, podemos vencer o adversário.”
Domínio de jogo: “Hoje em dia, todos os treinadores querem sempre valorizar o futebol desde a etapa de concessão até à finalização, querem ser pressionantes e cada vez mais as equipas são pressionantes, principalmente logo num primeiro momento do pontapé de baliza. O Estrela é uma equipa à imagem do seu treinador e também daquilo que é o clube. Hoje em dia há poucas equipas a jogar com um bloco baixo e o tal chamado autocarro, como diziam antigamente. O Estrela tem mudado as suas estruturas em termos ofensivos e defensivos, por isso resta-nos perceber a melhor maneira de passar a informação possível à equipa para estarmos preparados para aquilo que poderemos encontrar.”