Análise de António Sousa no 31º aniversário da vitória portista na Taça Intercontinental
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O FC Porto foi duas vezes campeão europeu (1987 e 2004) e duas vezes campeão do mundo (nos mesmos anos), vencendo ainda a Liga Europa por duas vezes e a Supertaça europeia numa ocasião.
A última grande conquista internacional dos azuis e brancos foi há sete anos (17 maio de 2011), mas, aparentemente, a cada dia que passa as regras do mercado dificultam cada vez mais a conquista de novos troféus com a mesma dimensão.
Essa é a opinião de António Sousa, um dos grandes heróis da equipa que, a 13 de dezembro de 1987 (fez 31 anos), venceu a Taça Intercontinental, em final disputada frente ao Peñarol, em Tóquio.
"É muito mais difícil hoje em dia ganhar uma competição como essas do que foi naquela altura. Agora há clubes com um poderio internacional muito maior, grande parte deles com muito maior capacidade financeira do que tem o FC Porto ou as outras equipas portuguesas", começou por analisar Sousa, hoje com 61 anos e já profissionalmente afastado do futebol.
"Hoje em dia os clubes portugueses não têm capacidade financeira para suportar muito tempo nos seus quadros aqueles jogadores que possam ter um nível altíssimo em termos internacionais. Os que vão aparecendo partem rapidamente para outras equipas e mercados e essa será mesmo a principal razão", afirma, relativamente a uma eventual perda de competitividade internacional dos principais clubes portugueses face a outros poderosos do continente europeu.