Herrera lembra adaptação e fala dos brasileiros em Portugal: "Não pedem milhões"

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Médio mexicano chegou ao FC Porto em 2013 e está a cumprir a sexta época de dragão ao peito.
Héctor Herrera aterrou no Porto em 2013, proveniente do Pachuca e acompanhado do companheiro de seleção Diego Reyes e, em entrevista ao jornal El País, lembrou os primeiros tempos no Dragão, assim como o processo de adaptação à realidade do FC Porto.
"Foi tudo muito rápido. Vim para Portugal em 2013 e foi uma mudança muito grande, pela língua e pelo estilo de vida. Vim com o Diego Reyes e isso tornou tudo mais fácil, tinha com quem falar todos os dias. Mas estes cinco anos não foram nada fáceis. Houve momentos em que era titular e outros em que jogava muito pouco, passei por tudo. É uma equipa que está acostumada a vencer, os adeptos são muito exigentes. O clube passou quatro anos sem ganhar nada e no ano passado fizemos uma época espetacular. Terminar a época como campeão foi a melhor sensação que já vivi, foi o melhor ano da minha carreira. Foi o meu primeiro título como profissiona de um clube, numa época inesquecível", assinalou o atual capitão dos dragões, que vê espaço na Europa para a entrada de mais talentos oriundos do México. A decisão, diz, está nas mãos dos clubes, apontando para o exemplo dos jogadores brasileiros:
"(...) O futebol mexicano tem jogadores de muita qualidade que podem estar na Europa. Cada equipa em Portugal tem uns oito brasileiros. Porquê? Porque não pedem milhões. O FC Porto vai ao Brasil e traz três ou quatro jogadores por quatro milhões de euros. Essa é a grande diferença entre os outros países e o meu [México]. Por um mexicano pedem logo 10 ou 15 milhões. Valem isso? Sim, no futuro podem valer, mas há que abrir um pouco a mão. Os interesses têm de mudar neste aspeto", acrescentou Herrera.
