Helton Leite: a vinda para Portugal, as pretensões no Benfica e a homenagem do 77
Helton Leite, dono da baliza do Benfica na última época, foi o mais recente convidado do podcast "Atletas pelo Mundo", no qual abordou a fase vivida ao atravessar o Atlântico, frisou querer conquistar títulos no clube lisboeta e desvendou o porquê de ter escolhido o número '77'.
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Mudança para Portugal: "Foi um desafio. Foi difícil encontrar apartamento no Porto, tive de ficar algum tempo num hotel e estava sempre à procura de casa lá no Porto. Também para abrir uma conta num banco foi difícil, foi tudo uma aventura, mas tudo se resolveu, também porque em Portugal tudo se facilita devido à facilidade do idioma. Aconselho os brasileiros que emigrarem para a Europa a tentarem fazer tudo com calma, planear bem, para que dê tudo certo. Mas Portugal é um país muito bom e agradável para viver. Já conhecia algum do vocabulário e palavras do futebol português, porque o meu pai jogou no Vitória de Guimarães. Em Portugal também já tive de superar uma lesão grave, uma pandemia, adaptar-me ao Porto, primeiro, e a Lisboa depois. Mas isto, além de ter contactos com colegas de todo o mundo, tem-me feito crescer e evoluir muito aqui."
Benfica: "O Benfica é gigante, tudo no clube é gigante. É um clube muito especial, que marca. É um orgulho grande fazer parte deste clube. Espero ficar no Benfica muito tempo, ser feliz e dar alegrias a todos os adeptos do clube. Era um sonho meu estar num clube grande e hoje estou a viver esse sonho, e tenho cada vez mais vontade de melhorar, crescer e estar preparado para os desafios que vão surgir."
O porquê do número 77: "Quando cheguei ao Benfica, o número que eu queria já estava utilizado. O 77 é um número especial, porque além da importância religiosa e na bíblia, o meu avô faleceu em 2007 com 77 anos, e é a minha homenagem a ele."
Vontade de voltar a jogar com adeptos no estádio: "Jogar com adeptos no estádio é um grande desejo nosso. Claro que tem de ser feito com segurança, mas futebol sem adeptos no estádio é uma tristeza. Futebol é a paixão das pessoas, é uma tristeza viver estes tempos assim. Claro que não somos ninguém para decidir isso, e tem de ser com segurança, mas espero que as pessoas voltem ao estádio o mais cedo possível."