As águias deram mais minutos (1185") aos seus sub-21 na prova do que os quatro finalistas e pagaram com o falhanço no acesso à final-four
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Pela quarta temporada consecutiva, o Benfica não irá erguer a Taça da Liga, competição onde as águias ainda são o clube com mais conquistas: sete troféus ganhos.
A média de idades dos encarnados ante o V. Setúbal foi de 22,5 anos
O empate em Setúbal (2-2) frente ao Vitória local, aliado ao triunfo do outro Vitória, o de Guimarães, frente ao Covilhã (3-0), deixou o conjunto de Bruno Lage fora da final-four de uma competição onde as águias foram quem, entre os principais candidatos, mais minutos deu aos seus jovens sub-21: estes disputaram 39,9 por cento do tempo possível de jogo, acabando por pagar isso com a eliminação da prova.
A juventude acabou por não ser capaz de apontar o caminho do sucesso benfiquista numa prova claramente vocacionada para esse fim, o de servir também de montra aos talentos emergentes. Nessa aposta, Bruno Lage revelou-se o técnico mais "corajoso" de entre todos os que acabaram por levar os seus clubes até à fase derradeira da Taça da Liga.
O FC Porto, que ontem terminou com sucesso o seu apuramento batendo o Chaves, deu 22,1 por cento do tempo dos três jogos disputados aos seus atletas sub-21 enquanto o Sporting, também apurado, ficou-se pelos 18,4 por cento.
Lage utilizou na Taça da Liga sete futebolistas sub-21: Tomás Tavares, Nuno Tavares, Florentino, Gedson, David Tavares, Tiago Dantas e Jota
No que diz respeito aos rivais minhotos, com bilhete na mão para as meias-finais da competição, foi o Vitória de Guimarães aquele que mais tempo deu aos seus "miúdos" (19,5 por cento do tempo da Taça da Liga), superando em muito o Braga, que só deu três por cento de tempo e a um único jogador: Trincão (90").
Na derradeira partida que a formação de Bruno Lage fez na Taça da Liga, a aposta encarnada foi até num dos elencos mais jovens vistos de águia ao peito: a média de idades do onze inicial das águias ficou nos 22,5 anos e a defesa em particular teve apenas uma média de 22 anos, com Jardel a ser o "pai" da juventude, do alto dos seus 33 anos.
Numa comparação global, por exemplo, com o onze em que Lage mais foi apostando nas partidas anteriores, o último elenco era dois anos mais novo do que esse, que tinha uma média de idades de 24,5 anos.
As quatro equipas que se apuraram para a fase final da competição deram menos do que os 39,9 por cento do tempo de jogo aos seus jovens
O Benfica saiu da Taça da Liga sem sofrer qualquer derrota mas também sem vencer, pois somou três empates, levando a que os seus atletas mais novos ganhassem experiência com mais 1185" a dividir por todos os sub-21 que alinharam nos embates com V. Guimarães, Covilhã e V. Setúbal.
Entre eles, os mais utilizados foram os defesas laterais Tomás e Nuno Tavares, eles que disputaram todos os 270 minutos da prova. Logo depois aparecem Gedson [257 minutos] e Jota [235"], este último conseguindo, com os seus 20 anos, ser o melhor marcador da equipa, com dois tentos. Apesar da experiência dada aos mais jovens, as águias saem da Taça da Liga com um amargo de boca, prova que não vencem desde 2015/16.
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