Bruno de Carvalho, antigo presidente do Sporting foi ouvido esta sexta-feira em tribunal.
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Bruno de Carvalho foi esta sexta-feira ouvido em tribunal, em mais uma sessão do julgamento do processo do ataque à Academia do Sporting. O presidente dos leões à data da invasão recordou o dia 15 de maio de 2018.
"O que se passou em Alcochete foi um crime hediondo, absolutamente lamentável. Ponto final. É indiscutível o que as pessoas passaram. Lamento ter passado de testemunha para o arguido 44. Que nunca numa resposta minha se veja a minimização do que se passou! Eu incluo também nessa atitude vergonhosa eu e a minha família", declarou ao tribunal, recordando o momento em que tomou conhecimento da invasão. "Quando estava reunido em Alvalade já tinha acontecido. Foi José Ribeiro a transmitir-me a mensagem. Disse que se tinha apercebido pela televisão", apontou. "Se tinha alguma suspeita? Absolutamente nada de nada", referiu Bruno de Carvalho.
O desentendimento no aeroporto da Madeira, após a derrota (2-1) da equipa com o Marítimo, que deitou por terra as chances do Sporting se apurar para a Champions, também foi abordado. Bruno de Carvalho diz que soube da troca de palavras mais acesa no domingo, através da televisão. "Por exemplo, o William quando saía à noite. Imagine-se a quem eles ligavam quando arranjavam problemas: às claques. Há pelo menos um arguido ali atrás que cumprimentava o William com dois beijos nos jogos", garantiu.
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"Preocupou-me logo na Madeira o cordão policial passado pelas pessoas. Estamos a passar um atestado de minoridade à PSP da Madeira... Aliás, como eu. Se for condenado, sou o criminoso mais imbecil do mundo. É lógico que alguém deixou passar estas pessoas. Que houve autorização", acrescentou o ex-presidente do Sporting.