Juan Castillo, agora dono da baliza, admite que triunfo sobre o Santa Clara reforçou a confiança do grupo
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Em Guimarães, a baliza ganhou novo nome, depois da era Bruno Varela e das intermitências de Charles. É com Juan Castillo que Luís Pinto vai desenhando o presente e futuro do Vitória, apostando no guarda-redes, de 22 anos, que chegou diretamente da Colômbia com interessante trajeto nas seleções jovens e experiência de primeira divisão colombiana, ganha no Fortaleza FC.
Passou de desconhecido a certeza palpitante. Nos quatro jogos que fez, os conquistadores somaram sete pontos, ficando sinais promissores e muita concentração, para lá da imponente estampa. Castillo esteve em Vila Meã em contacto com os mais jovens, revelando a felicidade do que vive em Guimarães e saboreando uma condição titular que gera falatório no seu país. Responde sem deslumbre e sem embandeirar em arco. "Estou muito feliz, sentindo a confiança dos adeptos, percebi ser um clube historicamente muito grande. Há gente que está sempre pendente do que faz o clube, há uma energia positiva e grande paixão, que é algo novo para mim", exprimiu Castillo, compreendendo ter uma estrutura forte por detrás. "Ao defender a baliza, sinto que sou muito apoiado pelo clube e pelos adeptos. Mas não se trata de ser número 1, trabalhas apenas pelos objetivos e tentas ajudar a equipa a chegar mais longe. Essa é a nossa obrigação", elucida o cafetero, já imbuído de alma vitoriana. "O símbolo que temos ao peito significa muito, faz-nos entrar para ganhar, e é esse o pensamento jogo a jogo. Esta paragem foi boa, porque deu para respirar em cima de uma vitória diante do Santa Clara", valoriza o guarda-redes colombiano, com quatro titularidades na conta da época, ecoando o seu valor junto de Nestor Lorenzo.
Castilho não esconde o sonho de chegar à seleção. "É um desejo que sempre está comigo, sei do trabalho que implica, e sei que estando a jogar na Europa as portas abriram-se um pouco mais. Mas continua a ser uma meta complicada, só com disciplina a oportunidade vai chegar. Se for rápida, assim seja, se for mais lenta, sem problema", atesta Castillo, calmamente. "Não estava à espera de nada, limito-me a fazer as coisas bem, de resto não são decisões minhas", observa.
Herança pesada nos cafeteros
O objetivo de chegar à seleção significa ter sobre os ombros uma herança pesada, considerando que esse lugar já foi de Higuita, Córdoba, Mondragón, Calero ou Ospina. "É uma responsabilidade grande e um objetivo também gigante. Já joguei pelas seleções jovens, mas tudo muda com uma oportunidade na equipa principal. Quando se der a ocasião, quero, sobretudo, estar preparado", vinca, focando-se agora na afirmação definitiva como principal guardião do castelo vitoriano, passo indispensável para abrir essa porta desejada.