O grupo dos 14 clubes que esta segunda-feita voltou a exigir a marcação urgente de uma AG da Liga para destituição de Mário Figueiredo, por justa causa, emitiu um comunicado em que repudia as mais recentes declarações do presidente da LPFP.
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Horas depois do presidente da Liga, Mário Figueiredo, ter dito em Lisboa que o movimento de alguns clubes visando a sua destituição assenta em pressões do operador que detém os direitos de transmissão televisiva da grande maioria das equipas, o Grupo dos 14 emitiu um comunicado em que repudia essas declarações.
O presidente da Assembleia Geral da Liga, Carlos Deus Pereira, é igualmente visado nesta tomada de posição do grupo de clubes que esta terça-feira esteve reunido em Leça da Palmeira.
Comunicado na íntegra
"Na sequência do indeferimento do Presidente da mesa da assembleia geral da Liga ao requerimento apresentado pelos clubes subscritores, para destituição, por justa causa, do Presidente da LPFP, vêm estes emitir a seguinte nota informativa:
Repudiamos veementemente o estilo e a forma como o presidente da mesa da assembleia geral tratou o pedido feito pelos clubes. Senão vejamos:
- Demorou 25 dias a verificar que havia clubes requerentes que alegadamente não tinham as suas quotas em dia;
- esqueceu-se que este vício é sanável;
-esqueceu-se ainda que é prática e uso habituais da Liga proceder ao pagamento das quotas através de encontro de contas com créditos que os clubes têm sobre a própria Liga, o que neste caso se verificava e como se veio a proceder em meados do mês transacto;
- o presidente da mesa indeferiu mal o requerimento, já que no momento em que o fez já estava sanado o vício invocado.
Concluímos assim que o comportamento do presidente da mesa da assembleia geral é deliberadamente parcial, irresponsável e não compatível com os deveres objectivos a que está obrigado.
Gostaríamos assim de sublinhar que este tipo de artifícios invocados pelo Presidente da mesa da assembleia geral da LPFP não lograram afastar os clubes dos seus propósitos, na defesa dos interesses maiores do futebol português, designadamente da sua sustentabilidade.
Deste modo os clubes subscritores:
1º vão promover novo pedido de AG extraordinária com os motivos anteriormente invocados, que esperam se realize no mais curto espaço de tempo possível;
2º reafirmam o interesse em que os problemas e as questões mais importantes do futebol português sejam discutidos no local próprio, sem reservas nem receios, e relembram a ausência de realização de reuniões estatutariamente marcantes, como sejam o Conselho de Presidentes e Assembleias Gerais.
3º não reconhecem que os actos, declarações ou tomadas de posição do Presidente da Liga representem o sentir e o interesse dos clubes, nem que o mesmo se arrogue como porta voz dos clubes, em quaisquer circunstâncias".