"Gosto muito do Otávio. É jogador de seleção, sinto orgulho ao ver o sucesso dele"
ENTREVISTA, PARTE II -Kelvin diz-se "orgulhoso" com a evolução do médio, coloca Taremi e Pepe num pedestal e não esquece Conceição: "O que faz é difícil..."; A diferença entre fusos horários dificulta a tarefa do ex-dragão, que tentou "acordar de madrugada" para ver o clássico da Luz, mas não conseguiu. Já ouviu histórias sobre Sérgio, "um vencedor".
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O acompanhamento do antigo clube é, agora, feito do outro lado do globo, mas Kelvin mostra estar atento. O extremo destaca um trio de figuras e não poupa elogios a Sérgio Conceição.
Como acompanha os jogos do FC Porto?
-Agora que estou no Japão não consigo acompanhar em direto. Vejo mais pelas redes sociais os resultados, os golos, melhores momentos... Mas não consigo ver em direto por causa do horário. No dia do Benfica-FC Porto até tentei acordar de madrugada para poder ver, mas não consegui. Quando os jogos são de tarde ou à noite aí, é difícil para mim acompanhar.
Que jogadores identifica como peças-chave?
-O FC Porto tem-se destacado coletivamente. Todos os jogadores contribuem, ainda recentemente vi aquele pique do Pepe [em Paços de Ferreira], em que ele consegue cortar a bola. São momentos que mostram a força da equipa. Não é só fazer golos, também é preciso defender bem e esse espírito mostra o foco do FC Porto em ser campeão. Gosto muito do Otávio, que eu acompanhei quando ele chegou ao clube, e evoluiu muito. Hoje em dia, é jogador de seleção, sinto orgulho ao ver o sucesso que ele tem, não só como jogador, mas também como pai de família. É gratificante ver amigos vencer na vida. Gosto do estilo dele, tem o mesmo andamento durante todo o jogo, é chato, briga, vai para cima, é terrível. Joga muito! E há outro jogador diferente: o Taremi. Se não marca, faz assistências. E se não assiste, marca. Acho-o especial.
E Sérgio Conceição?
-Estive pouco tempo com o Sérgio Conceição, quando voltei ao FC Porto pela última vez ele já era o treinador, mas não chegámos a trabalhar juntos. É um treinador vencedor, toda a gente vê. O que ele faz é muito difícil, porque o FC Porto já foi campeão várias vezes com ele e, mesmo assim, consegue aparecer com uma intensidade maior a cada ano, mesmo depois de vencer. Manter o plantel focado em vencer sempre é muito importante. Já ouvi histórias dele, sei que é muito intenso, como já era enquanto jogador.