ENTREVISTA, PARTE 1 >> Ambição. Vitinha, médio que no verão de 2020 passou do FC Porto para os Wolves, acredita que os portistas não viram o seu real valor e aponta o que lhe faltou. Um golo, por exemplo, entre outras coisas que admite poderem vir a acontecer mais à frente
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Vitinha queria ter jogado mais no FC Porto para que os adeptos tivessem visto o seu real valor. Faltou-lhe o golo, uma época completa, a afirmação plena, lembra, sem esconder que o regresso ao Estádio do Dragão será sempre uma possibilidade.
É também com humildade que reconhece que seria difícil jogar nos azuis e brancos, tendo em conta a concorrência de dois médios experiente como Sérgio Oliveira e Uribe. Mas lembra que em 2019/20 também havia Danilo e conseguiu, mesmo assim, ajudar o clube do coração a festejar o título. Grujic foi um reforço que impressionou.
Sente que os adeptos do FC Porto viram pouco do seu valor?
-Acompanho o que os adeptos do FC Porto dizem e sei que gostavam de ter visto mais. Eu também fico com pena de não ter demonstrado tudo. Gostava de ter marcado um golo, de ter feito uma época do princípio ao fim e de me afirmar de pedra e cal no FC Porto, porque isso seria um sonho para mim. Gostava de ter feito tudo isso no FC Porto, o meu clube, mas as circunstâncias da vida assim o ditaram. Não foi possível, mas quem sabe um dia isso seja possível. Mas é o clube que vou guardar sempre no meu coração.
A concorrência no meio-campo azul e branco dificultou a afirmação plena. E esta época chegou Grujic, que o impressionou. No futuro, admite voltar para cumprir o que não conseguiu fazer
Gostava de voltar ao FC Porto?
-Para já, é tudo muito subjetivo. Não sei o que vai acontecer e tenho de concentrar-me mais no presente e no futuro próximo, mas sem dúvida que gostaria de fazer muito mais no FC Porto. Só o futuro dirá.
Os 20 milhões de euros foram bem pagos?
-Vou sempre dizer que foram bem pagos e vou fazer por isso. Quero mostrar o meu melhor e fazer valer esse dinheiro que o Wolverhampton pagou.
"Gostava de ter marcado um golo, de ter feito uma época do princípio ao fim e de me afirmar de pedra e cal no FC Porto"
Era difícil jogar naquele meio-campo com Sérgio Oliveira e Uribe ou sente que também havia um lugar para si?
-Era difícil. Estamos a falar de dois grandes jogadores, mas também não posso esquecer que no ano anterior havia ainda o Danilo. Tínhamos uma grande equipa e a verdade é que fomos campeões. Se podia ou não ter jogado mais, isso é subjetivo. Quando entrei, mostrei o que valia e o que podia fazer. Fico feliz por isso.
"O Taremi teve muito impacto, o Toni Martínez, fez muitos golos em pouco tempo e gostei muito do Grujic"
Como viu esta época do seu clube? Podia ter feito mais?
-Claro, o FC Porto é sempre candidato ao título e, quando não é campeão, não é normal. Mas tenho a certeza que deram tudo por tudo. Tenho pena de não ter sido campeão.
Já conhecia a maioria do plantel. Entre os reforços, qual foi o que mais o impressionou?-O Taremi teve muito impacto, o Toni Martínez fez muitos golos no pouco tempo que teve e gostei muito do Grujic. Achei-o um jogador muito seguro e surpreendeu-me pela positivo. Além destes, o Francisco Conceição, que subiu à equipa principal.