<em><strong>ENTREVISTA, PARTE I </strong></em>- O herói da Taça da Liga contou, em exclusivo a O JOGO, os segredos de uma vitória histórica para o Braga.
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A cumprir a quarta época no Braga, Ricardo Horta teve, ao 164.º jogo pelo clube minhoto, o momento mais importante da carreira.
"Até já brinquei com o Alan: disse-lhe, em tom de brincadeira, que não é só ele que resolve as finais"
Já consegue descrever aquele minuto 95 do jogo com o FC Porto?
-Acho que sim... [risos] Foi o golo mais importante da minha carreira, até porque nunca tinha conquistado um título. Já tinha estado em algumas finais, mas nunca tinha ganho, pelo que marcar o golo que decidiu a final foi algo incrível. Estou de parabéns; eu e a equipa toda!
Como foi aquele momento?
-Já vi várias vezes o lance na televisão. Sinceramente, na altura, até pensei que estivesse em fora de jogo. Apareci na cara do Diogo Costa e... rematei. Assim que o árbitro validou o golo, foi uma emoção enorme para toda a equipa e, claro, também para mim.
Ainda duvidou da validade do golo?
-Sim, sim... Agora isso é o normal com o VAR. Estivemos ali alguns segundos na expectativa. Às vezes temos a certeza que é golo e depois não é; outras, como neste jogo, pensamos que vai ser anulado e afinal é golo. O que interessa é que foi mesmo golo e ganhámos a Taça da Liga.
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O que se seguiu à vitória?
-O jogo foi difícil, duro. Entrámos muito bem na partida, depois o FC Porto acabou a primeira parte por cima, mas, no final, a vitória assenta-nos muito bem pela resposta que fomos capazes de dar. Depois disso, a festa no balneário foi muito boa e divertida. Todos merecíamos este troféu, trabalhámos muito para o conquistar e já estava na hora de o Braga voltar a ganhar um título com esta importância.
Já tem noção de que vai ficar na história do Braga?
-A propósito disso, até já brinquei com o Alan: disse-lhe, em tom de brincadeira, que não é só ele que resolve as finais [risos]. Mas quero é destacar o trabalho de toda a equipa. Foi uma final-four com os três grandes e ainda com o V. Guimarães, que é uma excelente equipa, e nós conseguimos vencer. Estamos todos de parabéns.
Havia apostas entre jogadores antes do jogo da final para ver quem marcava o golo decisivo?
-Nada disso... Estávamos demasiado focados em manter o troféu em Braga para brincar com o jogo.
As recentes vitórias no Estádio do Dragão e na meia-final com o Sporting foram decisivas para o sucesso neste jogo?
-Encaramos todos os jogos da mesma forma. Temos uma equipa de grande qualidade e sabemos disso, independentemente do nome do adversário. Já demonstrámos muitas vezes que conseguimos ombrear com eles e, felizmente, agora obtivemos estas vitórias.
Mas até a chegada de Rúben Amorim a taxa de sucesso com os grandes era muito reduzida...
-A verdade é que muitas vezes jogávamos bem e a sorte não nos sorria. Por exemplo, lembro-me de um jogo em casa, frente ao Benfica, em que estávamos a ganhar por 1-0 e acabámos por perder 4-1. Acredito mesmo que só não vencemos mais vezes devido às circunstância de jogo e à falta de uma pontinha de sorte em muitas ocasiões. Com o mister Rúben, conseguimos esses triunfos e isso é o mais importante.
Ficou por deixar alguma mensagem para alguém em especial?
-Quero dar os parabéns a toda a equipa, que merece muito esta conquista. Agradecer também o apoio dos adeptos, que foram incríveis durante estes dois jogos da final four. Sabíamos que as pessoas do Braga desejavam mesmo muita esta conquista, mas nós, os jogadores, também precisávamos disto.
Veja a segunda parte da entrevista a Ricardo Horta:
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