Gene sportinguista comanda o Olivais: "Praticamente vivia dentro de Alvalade..."
Ricardo Barão treina o adversário do Sporting na Taça de Portugal e lembra a O JOGO os tempos passados em Alvalade com o pai Francisco
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Daqui a dez dias, o Sporting entra na Taça de Portugal ante o Olivais e Moscavide, no Estádio José Gomes, na Reboleira. O clube da AF Lisboa ganhou os dois jogos da sua divisão desde que apanhou os leões na 3.ª eliminatória. A O JOGO, Ricardo Barão lembrou o passado no Sporting, pois o pai, Francisco Barão, foi lá jogador e treinador.
Nos bastidores dos balneários de juniores e equipa B, o atual míster dos lingueirões conhece bem Daniel Bragança, Inácio e Esgaio. Fala dos turnos dos seus jogadores e das lágrimas do guarda-redes.
"Tentei beber um bocadinho de tudo. Praticamente vivia dentro do Estádio de Alvalade. Estive em muitos treinos dele com o Abel, o João de Deus, nos juniores e na equipa B e conheci a maior parte dos jogadores, como o Gonçalo Inácio, Daniel Bragança e Ricardo Esgaio", revela, feliz pelo sorteio: "O nosso objetivo na Taça está cumprido. Queríamos um grande. Os jogadores têm de aproveitar e tentar mostrar-se. Temos gente com qualidade, alguns que sempre jogaram aqui. Podem chegar a outros patamares. Quando soube do sorteio, disse ao meu pai que me tinha calhado o clube do meu coração e que ia tentar desfrutar."
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"O primeiro treino foi uma euforia", admite Barão, salientando a "festa no autocarro" após eliminar Os Sandinenses, em São Martinho de Sande, Guimarães. "Ponderámos ir de véspera, mas tínhamos muitos jogadores a trabalhar no sábado. Encontrámo-nos às 6h45 no nosso campo, parámos a meio, almoçámos. Só pensávamos que não podíamos ir a penáltis ou prolongamento por causa da hora. Temos jogadores que são condutores Uber, outros estão na distribuição, outros são enfermeiros. O Rodrigo Pedro saiu do turno no hospital para viajar. Fez direta. Saiu ao intervalo, de rastos", recua, falando na tristeza do guardião Fábio Matos: "Foi expulso e depois do sorteio passou a tarde a chorar."
Amorim ao lado de Barão no nível I
Ricardo Barão recordou os tempos com Rúben Amorim no nível I do curso de treinadores. "Estivemos juntos nessa fase, depois fiz estágio e ele já tinha o nível II. Esperei um ano para ir ao nível II. Quem andou nos níveis competitivos que ele andou tem de ter regalias. O problema é nós não termos certas chances", lamenta Barão em relação à dificuldade de avançar ao nível III.
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