O camisola 13 atingiu, contra o Arouca, a marca redonda de 50 jogos ao serviço do FC Porto. Há mais de um ano que não era titular em tantas partidas consecutivas. Só Taremi marcou mais do que ele.
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Wenderson Galeno está a viver o momento por que há muito ansiava.
O extremo desbloqueou o caminho da vitória do FC Porto frente ao Arouca (4-0), nos oitavos de final da Taça de Portugal, ao responder de forma perfeita, com um remate colocado, ao passe primoroso de Taremi e, ao fazê-lo, anotou o 11.º golo da conta pessoal em 2022/23, um dado que, à primeira vista, pode não encerrar significado de maior, mas que, para o camisola 13 dos dragões, representa a auto superação.
Ou melhor, deixa-o à porta desse objetivo. Isto porque Galeno igualou, ao 28.º jogo da temporada, o registo goleador que alcançou na época transata: 11 golos (10 pelo Braga, um pelo FC Porto) num total de 42 partidas.
A diferença é que agora fê-lo com menos 560 minutos nas pernas e sensivelmente até meio da campanha, pelo que a porta está escancarada para estabelecer um novo máximo pessoal de tentos numa só época: os 13 que anotou em 2016/17, pelo FC Porto B.
Sinais de melhoria a nível de definição na hora de disparar à baliza e de crescimento da influência no clube que lhe abriu as portas do futebol português. Quase sete anos depois de aterrar na Invicta - e de passagens por outros clubes -, Galeno atingiu a marca redonda de 50 desafios pela principal formação do FC Porto e é, nesta altura, o segundo melhor marcador da equipa de Sérgio Conceição. À sua frente surge o suspeito do costume, Mehdi Taremi, que já festejou 18 vezes esta época, com Toni Martínez (nove golos) a fechar este pódio particular.
A juntar a isto, Galeno atravessa uma sequência de jogos ímpar de dragão ao peito: frente ao Arouca, somou a nona titularidade consecutiva, algo inédito no FC Porto. O extremo tem sido aposta firme de Sérgio Conceição, o que vai motivando, por exemplo, uma presença mais habitual de Pepê no banco. Olhando para a globalidade da carreira, há mais de um ano que o número 13 não integrava o onze em tantos jogos seguidos. A anterior melhor série estendeu-se do final de setembro de 2021 ao final de novembro desse ano, quando alinhou de início em 12 jogos do Braga. 2022/23 tem sido de afirmação para Galeno com a camisola azul e branca e, a continuar assim, há outras portas que se podem abrir: Roberto Martínez, o novo selecionador, estará atento.