Galeno a bater à porta em Milão: FC Porto esperançoso na recuperação do extremo
Extremo transmite sinais que reforçam a esperança numa recuperação a tempo de defrontar o Inter, amanhã, na Liga dos Campeões. Eleito para o melhor onze da fase de grupos da prova, o luso-brasileiro contou à UEFA que ainda hoje sente um frio na barriga antes do apito inicial e considera que é muito importante entrar ligado nos jogos.
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A evolução clínica de Galeno nos últimos dias tem reforçado a esperança de Sérgio Conceição na utilização do extremo amanhã, com o Inter, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. O processo de reabilitação a uma microrrotura no adutor da perna esquerda está na etapa final e o extremo deve seguir viagem até Milão, oferecendo ao treinador a possibilidade de recuperar para o onze um jogador fundamental na campanha do FC Porto na fase de grupos, ao ponto de ter sido escolhido pela UEFA para integrar a melhor equipa dessa ronda do torneio.
Afinal, o luso-brasileiro foi mais do que um mero agitador no processo ofensivo, como sugerem os dois golos e as duas grandes penalidades que conquistou nas vitórias (3-0 e 2-0) contra o Bayer Leverkusen, bem como a assistência no triunfo (2-1) com o Atlético de Madrid. No processo defensivo, o ex-Braga possibilitou aos dragões defenderem com uma linha de cinco à frente de Diogo Costa em várias ocasiões, principalmente frente a adversários que utilizam esquemas táticos com laterais muito ofensivos, como é o caso dos "nerazzurri" (3x5x2). Até por isso a recuperação seria importante...
O protagonismo que conseguiu na primeira fase da prova, de resto, motivou uma conversa de Galeno com a UEFA, na qual o extremo desvendou a forma como vive os instantes que antecedem um jogo.
"Tento tirar as coisas más da cabeça e descontrair ao máximo, para entrar sempre bem ligado", contou o 13 dos azuis e brancos, consciente de que a exigência de representar um clube como o FC Porto não permite falhas. Por isso, "o jogo começa" assim que entra "no balneário". "Temos de estar concentrados até ao máximo até aos 90 minutos. É muito importante entrarmos ligados desde o começo", repetiu.
"Ajudar os companheiros e o FC Porto a sair com a vitória" é o único pensamento de Galeno e não se pense que a experiência adquirida aos longos dos últimos anos dá imunidade contra o nervosismo. "Quem não sente um frio na barriga, não é para estar ali. De certeza que vai fazer um mau jogo", refere o extremo. "Então, entrar com esse frio na barriga é sempre bom e eu sinto esse frio em todos os jogos, porque jogar com os adeptos dá aquele frio e temos de dar o máximo, temos que ganhar", explica. E num palco como o de San Siro, essas sensações têm tudo para ir ao limite.