Presidente do Sporting salientou as dificuldades de transição sentidas na transição da temporada passada para a atual e admitiu que Acuña pode estar a caminho do futebol russo.
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Frederico Varandas apontou à transição da última época para a atual e explicou as dificuldades de preparação da presente temporada, apontando ainda para a troca de treinador - saiu Peseiro e entrou Keizer. Em entrevista à RTP3, o presidente do Sporting falou numa situação "anormal", mas destacou a conquista da Taça da Liga, em Braga, com a vitória nas grandes penalidades sobre o FC Porto.
"O discurso populista tem um preço muito alto e é uma questão de tempo. O Sporting vem de duas épocas onde acaba em terceiro lugar. Na transição da última para esta, perde cinco titulares, quatro deles internacionais. A Comissão de Gestão acredito que fez o que pode para resolver estas lacunas. O plantel foi feito, foi o que foi, a equipa técnica era o que foi... E arrancou-se a época. Entrámos em funções a 9 de setembro, em meados de novembro mudámos de treinador. No mercado de inverno saem sete jogadores... Tudo isto é anormal. Sempre disse que 80% do sucesso desportivo é delineado entre o mês de junho e 31 de agosto. É aí que se constói o plantel, onde se impõem rotinas, princípios de jogo", afiançou Varandas, prosseguindo:
"Não falámos em ano zero porque acreditamos na nossa competência e a verdade é que o ano zero já nos deu o primeiro título da época. O que é que eu fiz? Em novembro troquei de treinador - acredito nele e continuo a afirmar todas as razões que apresentei. 10 pontos e Peseiro despedido a dois? A estatística tem a importância que tem. São factos. É preciso perceber o que está por trás. Dezembro, sete jogos; janeiro, oito jogos e fevereiro outra vez oito jogos. O que significa? Dois jogos por semana. Três dias de intervalo com dois dias só de recuperação. Keizer não fez pré-época. Pela dispensa de sete jogadores, se calhar, percebemos que temos um plantel de qualidade reduzida. Isto não é como na Playstation onde estão todos com a barrinha verde. A equipa técnica chega, maravilha toda a gente, mas a mim nunca me fez tirar os pés do chão, porque eu sabia das nossas limitações, sabia que isto ia acontecer. Isto tem um preço. Sucesso na Taça da Liga, por exemplo: foi um preço alto, mas um preço que voltava a pagar, porque é mais um título, o Sporting vive de títulos e este já é nosso", asseverou o líder leonino, que admite a saída de Acuña para a Rússia.
"Se chegarmos aos valores que queremos... Podem ser 20 milhões pagos a prontos, mais objetivos. Se precisássemos desse dinheiro já o tínhamos vendido", concluiu Frederico Varandas.