Ao terminar o seu quarto ano civil completo, o atual presidente tem um registo de troféus que nunca tinha sido conseguido.
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2022 chegou ao fim com o Sporting resignado a uma única conquista e logo no primeiro mês do ano: foi a 29 de janeiro que os leões festejaram a quarta Taça da Liga da sua história, numa final ganha ao Benfica por 2-1.
Depois disso foram só deceções, com onze meses de seca até à entrada deste novo ano de 2023, mas o presidente do clube, Frederico Varandas, pode sempre socorrer-se de um registo para amenizar a desilusão. É que, contas feitas, são já seis os troféus oficiais conquistados pela equipa principal desde que assumiu o "barco" em setembro de 2018. Falamos de seis êxitos em quatro anos civis (e mais três meses e meio), o que nunca tinha acontecido na história leonina.
O atual presidente festejou por duas vezes logo no seu primeiro ano civil completo (2019), quando a equipa liderada pelo neerlandês Marcel Keizer ergueu a Taça da Liga e a Taça de Portugal. Em 2020 a equipa ficou em branco, mas Rúben Amorim restituiu-lhe a saborosa euforia dos triunfos, com os quatro troféus conquistados em 2021 e 2022.
O antigo treinador do Braga começou em 2020 com os triunfos na Taça da Liga e na Taça de Portugal, iniciando uma senda vitoriosa que prosseguiu em 2021 com três vitórias: ao bis na Taça da Liga, sucedeu-se o fim do jejum de títulos no campeonato nacional (que durava desde 2002) e, mais tarde, a Supertaça.
Amorim, por sua vez, entra também na história pelo facto de ter ganho quatro troféus em dois anos civis, mas neste caso ao igualar Paulo Bento, que tinha feito algo de semelhante em 2007 (dois troféus) e 2008 (outros dois). O desempate pode ser feito "aos pontos" a favor do atual líder, uma vez que Bento venceu duas taças e duas supertaças, enquanto Amorim alcançou o troféu mais desejado, o de campeão nacional.
Por outro lado, no que a anos civis diz respeito, registe-se outro recorde igualado por Rúben, mais precisamente o de ter ganho três troféus em 2021. Laszlo Boloni tinha-o conseguido em 2002 (campeonato, taça e supertaça) e, antes disso, em 1982, foram três os troféus, mas através de dois treinadores diferentes: Malcolm Alisson ganhou o campeonato e a taça, enquanto, já em dezembro, foi António Oliveira a conquistar a Supertaça Cândido de Oliveira, em final perante o Braga.
Em 2023, os leões já foram afastados da Taça de Portugal, mas entram no ano com a possibilidade de oferecer o sétimo troféu ao presidente Frederico Varandas, uma Taça da Liga, ao estarem presentes na final four de Leiria com Arouca (que defrontam nas meias-finais, já dia 24), FC Porto e Académico de Viseu. A final entre os dois semifinalistas vencedores realiza-se a 28 deste mês.
Presidente dobrou o desempenho conseguido pelo antecessor
Frederico Varandas dobrou o número de troféus que tinham sido ganhos pelo presidente anterior. Bruno de Carvalho começou em março de 2013, saboreando os triunfos na Taça de Portugal e na Supertaça em 2015. Mais tarde, em 2018, recebeu de Jorge Jesus o triunfo na Taça da Liga, em janeiro. Antes dele, Godinho Lopes (2011/13) e José Eduardo Bettencourt (2009/11) não tinham acrescentado "canecos" ao museu. Soares Franco (2005/09) e Dias da Cunha (2000/05) tiveram quatro conquistas cada e é preciso destacar João Rocha, com sete êxitos entre setembro de 1973 e outubro de 1986.