Meia-campo será o sector a sofrer a maior reformulação na reabertura do mercado para se adequar ao estilo de jogo de Marcel Keizer, para reforçar a aposta na prata da casa e para "despachar" os excedentários
Corpo do artigo
A construção do plantel para 2018/19 levada a cabo pela dupla Sousa Cintra/José Peseiro não agradou ao novo presidente do clube, Frederico Varandas, que em conjunto com a sua estrutura do futebol já deu os primeiros passos para retocar o grupo na reabertura do mercado de janeiro e adaptá-lo às necessidades do estilo de jogo de Marcel Keizer, além de se pretender maior aposta na formação.
O JOGO revelou em primeira mão que Hugo Viana, responsável pelo futebol leonino, iria neste mês à Alemanha tratar do futuro de Francisco Geraldes e Matheus Pereira (emprestado ao Nuremberga)
Ao que O JOGO apurou, a SAD verde e branca já tem o regresso a casa de Francisco Geraldes praticamente acertado, além de já se ter reunido com o Chaves para tentar juntar ao plantel Stephen Eustáquio para a segunda metade da época. Contudo, se o médio formado na Academia está praticamente certo, faltando apenas resolver pormenores com o Eintracht Frankfurt, emblema ao qual foi cedido, já o ingresso do trinco do Chaves está mais difícil, pois existe uma diferença de verbas elevada, de 5 M€.
O JOGO revelou em primeira mão que Hugo Viana, responsável pelo futebol leonino, iria neste mês à Alemanha tratar do futuro de Francisco Geraldes e Matheus Pereira (emprestado ao Nuremberga), e o caso do médio já está praticamente resolvido. Chico Geraldes, de 23 anos, já rodou no Moreirense e no Rio Ave. No arranque desta época, ao ver o grupo engrossar com os regressos de Battaglia e Bruno Fernandes, a aposta firme em Gudelj e ainda a perspetiva futura da chegada de Sturaro (Juventus), entre outros médios, percebeu que teria utilização residual e pediu para sair. Na Bundesliga, as dificuldades de adaptação foram evidentes: ainda não soma nenhum minuto oficial e, antes de se lesionar (fratura de uma vértebra), o treinador Adi Hutter disse que Geraldes teria de se adaptar rapidamente ao ritmo e à dureza física do futebol alemão. Há dias, voltou aos treinos, mas ainda não está apto a competir e poderá até surgir em Alvalade em breve para concluir a recuperação.
Quanto a Eustáquio, luso-canadiano de 21 anos que o Chaves recrutou em janeiro deste ano ao Leixões, tem contrato com os transmontanos até 2022 e uma cláusula de rescisão de 10 milhões de euros. No final da recente receção ao Chaves, no dia 11 deste mês, a SAD verde e branca reuniu-se com os dirigentes dos visitantes, abrindo assim as negociações. O Sporting está disposto a dar 2 M€, mas o Chaves pede 7 M€ para libertar o médio-defensivo. Este processo não será fácil, até porque o internacional sub-21 está a dar nas vistas e a Gestifute de Jorge Mendes, ao que foi possível apurar, abordou o Chaves no sentido de poder negociar o seu passe para o estrangeiro.
Revolução no miolo pode custar lugar no plantel a quatro leões
A SAD verde e branca não colocará entraves às saídas de vários jogadores do miolo, tais como Petrovic, Misic, Bruno César e até Wendel, para que o cérebro do funcionamento de uma equipa, o meio-campo, se vá aproximando das ideias de jogo de Marcel Keizer. Fixos estão Gudelj, Battaglia (não deve voltar a jogar nesta temporada), Bruno Fernandes, Miguel Luís (aumentou para cinco o número de formados na Academia no plantel) e muito em breve ingressará Geraldes. Noutros sectores a SAD também quer mexer, além de se desejar reduzir o número total de integrantes do plantel. Nesta altura, sem contabilizar Sturaro (que até pode nem apresentar-se em Alvalade, pois terá problemas de calcificação à volta do tendão ao qual foi operado há meses e a sua aptidão para a competição está a demorar), o plantel é composto por 29 jogadores, o que dificulta a promoção de talentos.